Funcafé: Redistribuição de recursos para recuperação de cafezais danificados pelo clima é aprovada

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De acordo com lideranças do setor, com tantas incertezas para 2022, preocupação é ainda maior com o pequeno produtor

Foto: Divulgação

Em reunião realizada na última quinta-feira (25), o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu a  realocação dos recursos remanescentes do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) na linha de recuperação de cafezais atingidos pela seca e geadas. A quantia ficou em R$ 1,319 bilhão.

Apesar de ainda não ser possível mensurar o tamanho do impacto das geadas na safra de 2022, a preocupação do setor é ainda maior com os pequenos produtores. Depois da seca prolongada, o frio intenso trouxe ainda mais preocupação para oferta do Brasil. Vale destacar que anteriormente havia expectativa de uma produção em alta escala em 2022, condição já descartada por produtores, especialistas e demais elos do setor no Brasil.

O diretor Técnico do Cecafé, Eduardo Heron, relata que as entidades do agronegócio café, reunidas com o governo no âmbito do  Comitê Técnico do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), fizeram grande esforço para atender aos cafeicultores e reservar um total de R$ 1,3 bilhão de suas linhas de financiamento do Funcafé.

“Isso foi crucial para que, principalmente os pequenos produtores, tomassem recursos e realizassem os tratos culturais adequados. Com a tomada dos R$ 654,5 milhões para a recuperação dos cafezais, a realocação dos recursos não empregados foi realizada de forma proporcional, conforme acordado entre os titulares do CDPC, e permitirá ampliar a liquidez no mercado”, comenta.

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De acordo com dados divulgados nesta manhã pelo Conselho Nacional do Café (CNC), a proposta aprovada pelo CDPC definiu a realocação dos valores da seguinte forma: Crédito de Custeio: R$130.500.865,00; Crédito de Comercialização: R$179.801.191,00; Financiamento para Aquisição de Café (FAC): R$162.401.076,00; Crédito para Capital de Giro: R$191.401.268,00.  “A celeridade e responsabilidade do CNC, do CDPC, do Ministério da Agricultura, das entidades públicas e privadas, além do CMN fizeram a diferença para que os cafeicultores fossem e sejam atendidos da melhor maneira possível”, avalia Silas Brasileiro, presidente do CNC.

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