Em Linhares, Sindicato acredita que a safra de café tenha queda em relação ao ano passado

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Portal Campo Vivo traz matérias sobre o andamento da safra do café em alguns municípios produtores da região norte

Foto: Prefeitura de Linhares

Principal atividade agrícola do Espírito Santo, desenvolvida na maioria dos municípios capixabas, a cafeicultura vive o momento mais esperado do ano: a colheita do grão. Iniciada no mês de abril em algumas propriedades, a colheita do café conilon, principal variedade cultivada no Estado, segue até o mês de junho de acordo com o escalonamento da colheita nas regiões produtoras.

O Portal Campo Vivo conversou com fontes ligadas à cafeicultura de diferentes municípios do norte do Estado que abordaram a expectativa da safra 2020/2021.

Em Linhares, para o presidente do Sindicato Rural de Linhares, Antonio Robert Bourguignon, a colheita está surpreendendo negativamente para alguns produtores. “Alguns falam numa quebra muito grande. Claro que a gente não pode nivelar por esse número, mas tem produtores falando em quebra de 50%. Já por outro lado, há alguns que esperam aumentar essa produtividade. Realmente acredito que a safra tenha uma quebra em relação ao ano passado que tivemos um ano bem produtivo. Mas a safra continua. E acredito que a gente vá conseguir colher nossos cafés em tempo sem muitos atropelos”, ressalta.

Bourguignon pontuou ainda, que “muitos produtores dizem que tivemos uma quebra ainda maior em função do vento sul em cima da florada, onde tivemos um vento atípico que fez com que o café diminuísse o número de grãos por roseta. Então na nossa linguagem, o café ficou um pouco “banguelo”, com menos café em cada botão floral daquele que segurou”, destaca.

Devido ao cenário atual que todo o mundo enfrenta em relação ao Covid-19, os produtores estão com dificuldades em relação aos custos e a forma de trabalho, como por exemplo a oferta de mão de obra. “Alguns trabalhadores não vieram pro Estado trabalhar na colheita deste ano com medo. Nossa maior mão de obra vem da Bahia e de Minas Gerais, com muitos também daqui. Em alguns lugares, que ficam mais afastados, o produtor precisa pagar um pouco mais caro para ter essa mão de obra em quantidade favorável”, explica Antonio Roberte.

Outro fator que tem alarmado os produtores, segundo o presidente, são os custos para o ano que vem e o preço do produto para venda. “A nutrição do café é toda adquirida em dólar, então isso faz com que os nossos custos para frente fiquem cada vez mais altos. Estamos chegando num ponto onde muitos produtores estão pensando em diminuir a nutrição de lavouras para conseguir chegar até o final do ano”, avalia o presidente do Sindicato.

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