Como os cafeicultores foram impactados pelo El Niño?

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Temperaturas sem precedentes e chuvas irregulares foram observadas, deixando impactos na produção e no mercado de café

O setor de café no Brasil enfrentou desafios significativos no último trimestre de 2023, devido aos efeitos do El Niño que afetaram as regiões produtoras. Temperaturas sem precedentes e chuvas irregulares foram observadas, deixando impactos na produção e no mercado de café.

Natália Gandolphi, analista de Café da hEDGEpoint, destaca que no Sul de Minas Gerais, as temperaturas alcançaram níveis recordes, desafiando os padrões climáticos usuais. Apesar de uma diminuição do El Niño em 2024, as temperaturas continuaram acima da média, representando um desafio persistente para os cafeicultores.

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No Cerrado, a situação não foi diferente, com chuvas consistentemente abaixo da média ao longo do ano anterior. Com o início de 2024, a esperança diminuiu à medida que os níveis acumulados de chuva permaneceram 30% abaixo do normal, estabelecendo um tom menos otimista para o próximo ciclo de colheita.

Já o Espírito Santo, fortemente afetado pelo El Niño, enfrentou altas temperaturas e registros mínimos de chuva até o final de 2023. As preocupações para 2024 estão centradas nos baixos níveis de chuva, podendo prejudicar a safra de conilon 24/25, apesar de uma leve melhoria no início de 2024.

Embora as regiões tenham enfrentado desafios diferentes, os números recordes de chuva acumulada até o final de 2023 trouxeram alguma compensação para os impactos das chuvas mais baixas no quarto trimestre, resultando em uma situação geral média no final do ano.

A incerteza paira sobre o mercado de café em 2024, enquanto os produtores aguardam ansiosamente para ver como os padrões de chuva evoluirão ao longo do ano. Apesar dos desafios, a possibilidade de uma safra 24/25 surpreendentemente positiva permanece, especialmente com a recuperação das primeiras semanas de janeiro.

Agrolink

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