Como as chuvas afetam as lavouras de café

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Retorno das chuvas está previsto ao longo do primeiro decêndio de fevereiro

Foto: Divulgação

Além da leitura de menor safra, que tem sustentado as valorizações, o clima voltou a ficar seco e quente nas regiões cafeeiras brasileiras a partir da segunda quinzena de janeiro, com o retorno das chuvas previsto ao longo do primeiro decêndio de fevereiro. A condição do solo voltou a ficar mais seca na Zona da Mata, ES e sul da BA, com as duas últimas representando parte relevante das áreas de conilon.

De acordo com o relatório mensal do Agro Itaú, já nas regiões mais relevantes de arábica (Sul de MG, Cerrado e Mogiana) o desenvolvimento vegetativo das lavouras melhorou muito, o que é positivo para a safra 2022. Nos próximos dias, o retorno das chuvas melhora as condições para as lavouras em todas as regiões produtoras, com a previsão bastante construtiva pelo menos até meados de fevereiro.

Com bastante café da safra 2020/21 ainda disponível nos armazéns brasileiros, o fluxo de exportação deve seguir forte pelo menos até o meio do ano. Mesmo para o segundo semestre, pode ser que o fluxo continue bem, com o efeito da menor produção deste ano ficando para o primeiro semestre do próximo ano.

Os preços de café devem seguir firmes, apoiados na perspectiva da menor safra de arábica e com expectativa de alívio nos lockdowns, sobretudo no Hemisfério Norte, com as vacinações em curso, o que ajudará a fortalecer a demanda. Com os preços bastante atrativos, a comercialização para entregas futuras (safra 2022 em diante) deve continuar avançando, com a combinação da curva em NY e o dólar oferecendo boas oportunidades de hedge.

Agrolink

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