Café tem forte correção e avança mais de mil pontos em Nova York

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Alta é equivalente a mais de 6% e acontece mesmo após elevação nos estoques da GCA

O mercado futuro do café arábica, depois de cair mais de mil pontos na semana passada, na manhã desta segunda-feira (18) avançou na correção dos preços e subia mais de 6% por volta das 11h09 (horário de Brasília), o equivalente a mais de mil pontos de valorização.

Setembro/22 tinha alta de 1320 pontos, negociado por 213 cents/lbp, dezembro/22 avançava 1220 pontos, cotado por 208,80 cents/lbp, março/23 tinha valorização de 1090 pontos, valendo 204,80 cents/lbp e maio/23 tinha alta de 1010 pontos, negociado por 2028,35 cents/lbp.

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon acompanha o dia de valorização. Setembro/22 tinha alta de US$ 78 por tonelada, valendo US$ 2000, novembro/22 tinha alta de US$ 73 por tonelada, cotado por US$ 1997, janeiro/23 tinha valorização de US$ 67 por tonelada, negociado por US$ 1986 e março/23 tinha valorização de US$ 52 por tonelada, valendo US$ 1966.

De acordo com analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, o cenário ainda continua de muita incerteza para o mercado de café, mas a valorização desta segunda-feira (18) é considerada como correção técnica após queda significativa em um curto período. O setor, no entanto, continua de olho nas questões externas que podem pressionar as cotações a qualquer momento.

Do lado dos fundamentos, a notícia de que os estoque de café verde dos Estados Unidos subiu para 6,05 milhões de sacas, deveria pressionar as cotações. A informação foi divulgada na última sexta-feira (15) pela Green Coffee Association (GCA).

Segundo a agência de notícias Reuters, embora pequeno,  esse foi o terceiro aumento mensal consecutivo nos estoques, que antes vinham caindo todos os meses e atingiram a mínima de um ano no final de março, em meio a um aperto na oferta global depois que os problemas climáticos prejudicaram as colheitas nos países produtores.

O aumento no mês passado ainda deixa os estoques em nível relativamente baixo, longe dos volumes próximos a 7,5 milhões de sacas vistos em 2019, quando o mercado global teve melhores níveis de oferta.

Operadores também continuam de olho nas condições climáticas no Brasil. Primeiro pelo período de inverno, que pode trazer ainda mais volatilidade ao mercado e também já há certa preocupação com o volume de chuva, que segundo a Fundação Procafé, voltou a ficar abaixo do ideal nas principais áreas de produção de Minas Gerais.

Notícias Agrícolas

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