Café: NY e Londres finalizam com valorização em dia de baixa para o dólar

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Mercado físico manteve a estabilidade nas principais praças produtoras do país

O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta terça-feira (26) com valorização técnica para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).

Março/21 teve alta de 125 pontos, valendo 124,50 cents/lbp, maio/21 registrou valorização de 120 pontos, negociado por 126,60 cents/lbp, julho/21 teve alta de 120 pontos, valendo 128,55 cents/lbp e setembro/21 teve valorização de 125 pontos, valendo 130,40 cents/lbp.

Segundo análise do site internacional Barchart, a desvalorização do dólar ante ao real deu suporte de alta para os preços na Bolsa. “Os preços do café se estabilizaram na terça-feira, uma vez que a valorização do real gerou algumas vendas a descoberto nos contratos futuros. O real na terça-feira apresentou forte valorização de + 2,21% em relação ao dólar. Um real mais forte desestimula as vendas de exportação dos produtores de café do Brasil”, destacou a análise do site internacional Barchart.

​”Uma forte descompressão de risco derrubou o dólar nesta terça-feira, com o real de longe liderando os ganhos nos mercados globais de câmbio, em dia positivo para ativos de risco no mundo, de defesa de regras fiscais no Brasil e a maior possibilidade de alta de juros o quanto antes”, destacou análise da agência de notícias Reuters.

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também encerrou com valorização. Março/21 teve alta de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 1317, maio/21 subiu US$ 7 por tonelada, valendo US$ 1325, julho/21 teve alta de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 1340 e setembro/21 registrou valorização de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 1356.

“Os preços do conilon também tiveram uma transição negativa da previsão da Conab de quinta-feira passada de que a produção brasileira de café Robusta em 2021 aumentará até 16% para 16,6 milhões de sacas”, reforçou o site internacional Barchart.

No Brasil, o dia foi de estabilidade nas principais praças produtoras do país

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 2,26% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 650,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 682,00, Patrocínio/MG manteve o valor por R$ 665,00, Araguarí/MG manteve o valor de R$ 680,00 e Varginha/MG manteve a negociação por R$ 720,00.

O café cereja descascado teve queda de 2,07% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 710,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 725,00, Patrocínio/MG manteve o valor de R$ 715,00 e Varginha/MG manteve os preços por R$ 720,00.

Mercado já se prepara para um oferta limitada

Levantamento feito pela Pharos Consultoria, liderado pelo analista de mercado Haroldo Bonfá, destaca que o mercado já se preparada para o segundo semestre de 2021, mostrando ainda que o Brasil aumentou de maneira expressiva sua participação nos estoques certificados da ICE.

Na última sexta-feira, dia 22, os preços no mercado futuro foram pressionados por uma alta nos estoques da ICE. A Bolsa de Nova York (ICE Future US) fechou o dia com mais de 200 pontos de desvalorização. Até esta terça-feira (26), os estoques contavam com 1.602.404 sacas de café.

A reposição nos estoques chamam atenção, levando em consideração  que no ano passado o volume chegou ao nível mais baixos dos últimos 20 anos. No dia 9 de setembro, os estoques contavam com 1.2354 milhões de sacas. “O mercado entendeu que precisa compor os estoques para o segundo semestre, já entendendo a tendência de altas expressivas na formação de preços no mercado futuro”, afirma o analista.

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