Laboratório de São Mateus faz análises de resíduos em pimentas do reino

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Os produtores de pimenta do reino do norte do Espírito Santo estão buscando explorar oportunidades no mercado internacional da pimenta do reino. E o Laboratório de Resíduos Químicos da Ufes em São Mateus está abrindo espaço para melhorar a qualidade dos produtos onde, a partir deste mês, serão iniciadas as análises microbiológicas da pimenta do reino.

“O segredo é produzir com qualidade, padronizar os processos de produção, monitorar a presença de resíduos físicos, químicos e microbiológicos. É um movimento que demanda tempo, muito planejamento, empenho e organização. Neste sentido, a Ufes tem sido uma parceira constante, proporcionando pesquisas, treinamentos e auxiliando no apoio laboratorial”, afirma o professor e coordenador do Programa Agromais, Marcelo Barreto.

Vice-presidente da Comissão de Agricultura da Câmara e coordenador institucional da Frente Parlamentar da Agropecuária, o deputado federal Evair de Melo (PP-ES) afirma que o suporte da Ufes será fundamental aos agricultores. “A parceria entre as instituições de ensino e pesquisa com a agricultura é essencial para que os produtores sejam incentivados a elevar o padrão das culturas agrícolas. Isso se reflete na remuneração e na estabilidade no campo e também na alimentação, que será de maior qualidade”.

O parlamentar atuou para viabilizar essas pesquisas no laboratório da Ufes através de uma emenda ao Orçamento do Governo Federal no valor de R$ 300 mil que garantiu a aquisição de equipamentos voltados a essas análises. Além disso, Evair atua para que os pipericultores possam elevar o padrão de suas produções, apresentando o Projeto de Lei 4728/2016, que institui a Política Nacional de Incentivo à Produção de Pimenta do Reino de Qualidade, fornecendo instrumentos como crédito rural, capacitação, assistência técnica e extensão rural.

 

Análise microbiológica

De acordo com Barreto, as primeiras análises para detectar a presença da antraquinona, um resíduo químico resultante da queima da lenha empregada na secagem com fogo direto da pimenta, já devem ser realizadas. “Esta substância é monitorada e não é permitida pelos importadores da Europa. Já estamos fazendo as primeiras coletas para validar o método desenvolvido na Universidade e, em breve, esperamos ofertar a análise para os produtores da região e todo o Estado”.

Também já foram iniciadas as análises da qualidade microbiológica da pimenta. Nesta área, a Salmonella é a vilã. “Esta bactéria pode causar vômitos, diarreia forte e febre quando ingerida em alimentos”, afirma Barreto.

O professor e coordenador do Programa Agromais acredita que, aos poucos, a pipericultura capixaba está ganhando espaço no mercado devido à união entre agricultura e ciência. “Aos poucos a qualidade da pimenta-do-reino do Espírito Santo vai se materializando e se tornando conhecida. Alcançando os mercados mais exigentes e cruzando fronteiras”.

Com informações de assessoria

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