Informações divulgadas pela Universidade de São Paulo (USP) mostram que cada R$ 1 investido em pesquisa pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) gera um retorno de R$ 27 para o agronegócio de São Paulo. As aplicações podem ser em bolsas, projetos de pesquisa e infraestrutura nos campos da agronomia e agricultura.
Além disso, o livro Contribuição da Fapesp ao desenvolvimento da agricultura do Estado de São Paulo, recém lançado por profissionais da universidade, mostra também que cada real aplicado em pesquisa e desenvolvimento (P&D), educação superior e extensão rural resultou em um retorno de R$ 12 para a economia paulista. De acordo com o economista Alexandre Chibebe Nicolella, pesquisador da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, esses investimentos aumentam a produtividade agrícola do estado.
“Hoje se diz com frequência que o agronegócio sustenta a economia brasileira em meio à crise. Isso é o resultado de investimentos em pesquisa e de políticas públicas de longo prazo, mantidas de forma razoavelmente consistente pelas instituições públicas do Estado de São Paulo nos últimos 60 anos”, afirma.
O agronegócio do estado de São Paulo movimentou R$ 267,9 bilhões em 2017, o que representa 13,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. Nesse cenário, o estado registrou que os canaviais ocupavam, em 2013, 23% dos 24 milhões de hectares do Estado, ante 12% de dez anos antes e concentra 72% da produção de laranja do País. Além disso, é responsável por 25% da produção de madeira e celulose 17% da de aves e 9% da de café.
“No caso da laranja, há uma pequena agregação de valor à matéria-prima. A indústria transforma um valor de R$ 1,66 bilhão da produção da laranja em R$ 1,97 bilhão de suco, o que representa uma agregação de 18,7%. Já a indústria sucroalcooleira transforma R$ 4,8 bilhões de cana em R$ 13,6 bilhões de açúcar e etanol, quase triplicando o valor da matéria-prima”, conclui.
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