O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) receberam uma comitiva da Agência Nacional de Águas (ANA) com a finalidade de fazer um diagnóstico institucional para iniciar o processo de expansão do Monitor de Secas do Nordeste. A perspectiva é que a ferramenta, que já chegou em Minas Gerais, se torne o Monitor de Secas do Brasil. A Defesa Civil Estadual e a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) também participaram do encontro.
O objetivo do monitor de secas é integrar o conhecimento entre as diferentes instituições estaduais e federais, alcançar um entendimento comum sobre as condições de seca (severidade, evolução espaço-temporal e impactos decorrentes), transformar dados e informações em ferramentas e produtos utilizáveis para tomada de decisão, além de fortalecer os mecanismos de monitoramento, previsão e alerta precoce.
“O Incaper vai participar no processo de implantação do Monitor de Secas devido ao histórico de secas recorrentes no Estado, um limitador para o desenvolvimento da produção agropecuária”, explicou o coordenador de Meteorologia do Incaper, Hugo Ramos.
O coordenador ainda informou que a Coordenação de Meteorologia deve usar a ferramenta de análise pela capacidade de identificar as áreas suscetíveis às vulnerabilidades provocadas pelas condições de estiagem ou seca.
“O diferencial desta ferramenta é que ela dará o suporte a decisão de gestores a partir da integração de indicadores quantitativos e qualitativos, o que possibilita a formulação de políticas públicas baseadas na adoção de ações efetivas para minimizar os impactos da seca”, comentou.
Para a agente de Desenvolvimento Ambiental e Recursos Hídricos da Agerh, Gizella Igreja, o Monitor de Secas ajudará o Estado na prevenção e mitigação de impactos. “Todos os anos passamos por períodos extremamente secos e ferramenta possibilita um acompanhamento mais eficiente desses períodos, inclusive de forma visual. Conhecendo nossas vulnerabilidades, o planejamento de ações será muito mais coordenado”, explicou Gizella.
Segundo Juliana Lima Oliveira, do departamento de meteorologia da Funceme, a expectativa é que o monitor chegue em outras áreas. “A ideia é expandir a ferramenta para todo o Brasil dando outra perspectiva de como a seca funciona em regiões diferentes. O bacana também foi ter aprendido, nesse processo, com as diferentes características institucionais dos Estados, e o Espírito Santo se mostrou bem articulado com a integração entre Incaper, Defesa Civil e Agerh. Estamos animados com a implantação da ferramenta em terras capixabas”, destacou Juliana.
Para o analista de geoprocessamento da Defesa Civil Estadual, Luiz Henrique Muniz, a união das Instituições vai fazer a diferença na qualidade dos dados passados para a sociedade. “A ferramenta é de grande importância e está atrelada ao Alerta ES, que vai possibilitar ações de monitoramento hidrometeorológico, a fim de difundir o conhecimento e subsidiar a tomada de decisões e emissão de alertas de eventos hidrológicos e meteorológicos extremos no Espírito Santo”, ressaltou.
Próximos passos
Também está prevista a celebração de um acordo de cooperação técnica entre o Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES), a Agerh, a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) e o Incaper para estabelecer as bases do compartilhamento de informações e de serviços, para estabelecer as bases do compartilhamento de informações e de serviços.
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