A Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação (CSEI), da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), divulgou uma pesquisa com estimativa da área irrigada de 2000 a 2018 agrupadas por tipo de sistema. Durante esse período foi registrado aumento de 3,45% no total da área irrigada. Foi de 6.023.087 contra 5.822.337 hectares, em 2017.
Em 2018, a área irrigada foi de 200.750 mil hectares, sendo 92 mil de irrigação por aspersão com pivô central, contra 94 mil no ano anterior; 13.750 de área para irrigação por aspersão com carretel, em 2017 foram 14 mil; 31 mil de irrigação por aspersão convencional, fixa, tubo PVC ou canhão, o mesmo número no ano passado; e de 64 mil hectares de irrigação localizada por gotejamento ou microaspersão, mantendo o resultado do ano antecedente. “Comparado com o mesmo período de 2017, houve diminuição de área irrigada de 1,11%, quando atingiu 203 mil hectares.
Para o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Celestino Zanella, a agricultura, independentemente da escala, necessita de água para produzir, e a irrigação é a única técnica capaz de permitir o aumento da produtividade sem que seja necessário ampliar a área cultivada, sobretudo em regiões que sofrem muito com veranicos.
A entidade reúne 1300 produtores na região do Matopiba e observa que o Oeste da Bahia é reconhecido nacionalmente como polo produtor de grãos e fibra, contudo tem menos de 7% da área agrícola é irrigada. Mais de 90% é agricultura de sequeiro. “Quando se fala em agricultura irrigada as pessoas associam a algo ruim, por puro desconhecimento. Os sistemas atuais são modernos e ambientalmente sustentáveis, capazes de garantir tanto a segurança alimentar de uma população cada vez mais numerosa como a segurança hídrica”, reforça Zanella.
Empresas como a Lindsay, que produzem tecnologias para irrigação, observam que a irrigação vem crescendo muito no Brasil não só em área mas em eficiência de sistemas. Os fabricantes vem investindo em novas tecnologias para melhor aplicar e utilizar a água. “Temos investido muito na máquina, tentando torná-la ainda mais eficiente, rápida, precisa e com baixo consumo de energia. Hoje temos vendido muitos inversores de frequência que economizam energia nos bombeamentos. Mas a tecnologia também tem sido nos últimos 10 anos um foco muito grande”, afirma Bruno Perroni, gerente de tecnologia da Lindsay.
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