“Vai acontecer com a agricultura digital o mesmo que aconteceu com a própria Internet em meados de 2000, 2001, com empresas quebrando. É um período de depuração”. A afirmação é de Bernhard Kiep, especialista em agricultura digital, da Pessl Instruments, que palestrou no AgTech Forum, realizado na última semana em São Paulo (SP).
De acordo com a ABStartups (Associação Brasileira de Startups) o País conta hoje com aproximadamente 70 empresas de agricultura digital. Apenas neste ano o segmento registrou um aumento de 70% sobre 2015, com projeção de que esse número triplique até o final do ano que vem.
Kiep analisa que não haverá espaço para tantas startups, porque “ainda é difícil encontrar no Brasil quem combine botina no pé e dedo no clique. Agricultura digital não é como criar um Waze ou um Uber. No campo, lidamos com plantas, animais, é um ambiente diferente, com muitas variáveis a mais”.
Segundo ele, só sobreviverá neste mercado “uma solução que comprove redução de custos”, e não quem “prometa que vai aumentar a produtividade da lavoura”. Na avaliação do especialista, o caminho não é o “Big Data”, e sim o “Right Data”, ou seja, tecnologias que tragam informações relevantes e diferenciais para o produtor rural.
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