Os índices de exportação de celulose devem crescer graças ao aumento de demanda dos mercados chinês, norte-americano e europeu e ao câmbio favorável, apontam os dados da Forest2Market do Brasil. A exportação de celulose se encontra em um momento próspero, com preços muito vantajosos para os produtores.
Devido ao bom aproveitamento desse momento pelas empresas do setor, o Brasil vem ganhando cada vez mais espaço como maior exportador de celulose do mundo, deixando para trás concorrentes como o Canadá, os Estados Unidos, o Chile e a Indonésia. Atualmente, nosso país é o segundo maior produtor de celulose do mundo, perdendo apenas para os EUA, e o principal exportador. A expectativa é que esse cenário continue até 2019, uma vez que o crescimento da demanda é linear mas a oferta não acompanha esse ritmo.
Desde 2007, as exportações de celulose têm encontrado um terreno favorável, crescendo gradativamente (Figura 1). “Nos últimos 10 anos, houve um crescimento de 110% (8% a.a.) em valor e 111% (8% a.a.) em volume, atingindo um patamar histórico de exportações desse segmento”, aponta o diretor da Forest2Maket do Brasil, Marcelo Schmid.
“No período em questão, observamos o aumento de demanda do mercado externo por celulose, principalmente por parte da China, dos Estados Unidos e da Europa”, conta Marcelo. Segundo ele, o câmbio também se encontra favorável, contribuindo para o aumento das exportações. “Os principais concorrentes do Brasil não têm capacidade de acompanhar essa demanda, o que faz com que o país dispare no ranking dos principais exportadores.”
Em 2017, como pode ser observado na figura 2, o mercado chinês foi o principal importador da celulose brasileira, seguido pelos mercados europeu e norte-americano.
“O mercado nacional de celulose vive um momento interessante” alega o especialista. “O segmento de celulose e papel brasileiro foi o principal driver de expansão de nosso setor nos últimos 15 anos. Cerca de 70% das florestas plantadas em nosso país são direta ou indiretamente ligadas ao segmento”
Em 2017, os estados que obtiveram melhor desempenho nas exportações de celulose do país foram Bahia, Espirito Santo e Mato Grosso do Sul (Figura 3). Para esse último, a celulose é tão importante que correspondeu ao produto mais exportado no começo de 2018.
“A capacidade produtiva da indústria de celulose brasileira tem sido aumentada ano após ano, sendo a última grande expansão a duplicação da fábrica da Fibria, em Mato Grosso do Sul em 2017”, aponta Schmid. “Segundo a projeção de diferentes especialistas, o ciclo do aumento de preços deve durar até 2019”.
Neste e no próximo ano as exportações de celulose deverão se manter em crescimento e o Brasil continuará a ser um mercado atrativo – exemplo disso são as recentes aquisições da Fibria pela Suzano e da Lwarcell pelo grupo Royal Golden Eagle (RGE), dono da April. Além disso, está prevista a abertura de uma nova fabrica de celulose no Mato Grosso do Sul ainda esse ano.
Sobre a Forest2Market
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Com informações de assessoria