UE quer impor ainda mais restrições à carne do País

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A autoridade da área de saúde da União Européia propôs ontem restrições mais rigorosas sobre as importações de carne do Brasil, o que poderia limitar o número de empresas liberadas para vendas ao bloco, disseram fontes da União Européia. O comissário de Saúde, Markos Kyprianou, fez a proposta em uma reunião da Comissão Européia. Uma fonte afirmou que Kyprianou propôs “uma redução significativa no número de holdings com permissão de exportar carne para a UE”.


 


A porta-voz de Kyprianou explicou que ele estava avaliando os resultados de uma recente visita ao Brasil feita por inspetores da UE. “O comissário está atualmente estudando os resultados de nossa última missão ao Brasil e avaliando qualquer medida eventual que possa ser exigida”, disse a porta-voz.


 


Especialistas da União Européia viajaram ao Brasil no mês passado para investigar afirmações de produtores e membros do Parlamento Europeu de que produtores brasileiros não cumpriam com os padrões exigidos.


 


Grupos europeus, principalmente de produtores irlandeses e britânicos, têm pressionado a Comissão Européia, que é o braço executivo da UE, para endurecer as regras de importação de carne produzida no Brasil.


Padrões europeus


 


Segundo esses grupos, a produção da carne brasileira não segue padrões exigidos pela UE. O governo e a indústria brasileiros negam as afirmações, segundo as quais, pecuaristas brasileiros usam hormônios do crescimento ilegais. Afirmam ainda que o Brasil está implementando as recomendações das autoridades de saúde animal da UE em março.


 


Em outubro, o comissário de saúde da União Européia alertou o Brasil de que não hesitaria em “tomar qualquer atitude necessária, não importando como isso vá afetar o comércio, se afetar a saúde dos cidadãos da UE”.


 


As acusações feitas contra a pecuária brasileira ainda não chegam a sensibilidades as autoridades Mas ele afirmou que só agiria se “houver evidência crível” e disse que irlandeses e britânicos estavam agindo “por interesses próprios”.


 


Gazeta Mercantil

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