A União Européia (UE) endurecerá suas exigências para a entrada de produtos de origem animal no mercado de seus 27 países para evitar doenças como febre aftosa, vaca louca e outros problemas relacionados à saúde animal.
Ontem, a UE apresentou sua nova estratégia para o setor e que será válida até 2013 e que prevê até a identificação eletrônica do gado. Os europeus já deram ao Brasil até outubro para que o país prove que tem condições de rastrear o gado e que cumprirá com as exigências da UE para que as exportações de carne sejam mantidas.
Em 2001, o surto de vaca louca na Inglaterra gerou 11 bilhões de euros em prejuízos e a destruição de 10 milhões de animais. Desde então, o tema passou a ter papel central na agenda dos europeus. Mas com os surtos que insistem em aparecer, a UE afirma que não há outra opção senão reforçar seus mecanismos de controle.
Agora, a idéia dos europeus é de, nos próximos seis anos, colocar todo o foco em medidas de prevenção, tanto dentro do bloco como na importação. Os europeus são os maiores importadores de alimentos do mundo e, segundo o comissário de Saúde Animal da UE, Markos Kyprianou, o controle é fundamental tanto para a economia como para a saúde dos cidadãos.
Mecanismos de monitoramente de doenças serão reforçados e instrumentos de controle serão implementados para minimizar os impactos de eventuais surtos, entre eles o da gripe aviária. Além disso, medidas de biossegurança serão exigidas de fazendas, nas fronteiras e mesmo no transporte de animais. Um maior controle também será implementado nos aeroportos para evitar que passageiros circulem com alimentos.
A estratégia, segundo Bruxelas, é fruto de três anos de pesquisas e negociação tanto com os produtores europeus como estrangeiros e custará 2,8 bilhões de euros para ser implementada até 2013. Para entrar em vigor, as medidas ainda precisam contar com a aprovação do Parlamento Europeu, o que deve ocorrer nos próximos dois meses.
Quanto às importações, a decisão da UE é a de rever seus mecanismos para permitir um acompanhamento maior em relação aos produtores considerados com mais sensíveis, entre eles a carne bovina, de frango e pescados. ‘O objetivo é o de ter o maior nível de proteção possível contra diferentes ameaças que certas importações possam representar à saúde humana e animal‘, informa a UE.
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