Sustentabilidade é uma questão de sobrevivência, diz produtor de café

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Com 190 hectares cultivados com cafés especiais no Cerrado Mineiro e exportados para Europa, Ásia e Oceania, Marcelo Montanari acredita que a rentabilidade depende da adoção de práticas e produtos mais sustentáveis

“Ou mudamos, ou perdemos rentabilidade e mercado”. A frase é do produtor de cafés especiais para exportação, Marcelo Montanari, que só vê continuidade no negócio do café para quem conseguir aliar três princípios: econômico, ambiental e social. Para ele, o tratamento do solo de maneira mais sustentável é um dos pilares para alavancar a produtividade. Marcelo descende de quatro gerações de produtores de café e gerencia, há dez anos, 190 hectares cultivados com 17 tipos de cafés especiais para exportação na região de Patrocínio (MG).

Nos últimos dois anos ele adotou a prática de incorporar ao manejo aplicações de um composto orgânico que combina fontes de carbono orgânico, enzimas e algas marinhas. Inicialmente usou em pequenas áreas comparativas e hoje aplica em mais de 90% das lavouras. Mesmo com condições climáticas desfavoráveis, o produtor vem obtendo uma média acima de 20% de produtividade, maturação mais uniforme dos grãos, melhor qualidade da bebida e redução de 30% do volume total de defensivos. Ele também deixou de usar os agrotóxicos das categorias 1A, 1B e 2 (de maior classificação toxicológica segunda a Organização Mundial da Saúde).

Com seis títulos de certificações e creditações, 90% da produção de Marcelo Montanari no Cerrado Mineiro é exportada para países da Europa, Ásia e Oceania. “Esses clientes vem na fazenda conhecer a qualidade do café e o sistema de produção antes de fazer a compra, então é fundamental adotarmos boas práticas e tecnologias sustentáveis. São novos tempos”, avalia.  E tempos bem diferentes da época do bisavô (que veio da Itália para zonas cafeeiras no interior de SP), do avô que produziu no Sul de Minas e do pai que foi desbravador de novas fronteiras agrícolas no Paraná.  Marcelo pondera que hoje o mercado ficou mais competitivo e exigente nos aspectos ambientais. Essa nova tecnologia, segundo ele, atende a necessidade de mudanças no atual sistema de produção. 

“Embora eu já adotasse adubo orgânico e biomassa, não estava conseguindo resultados significativos, o que ocorreu após a adoção dessa nova tecnologia”, comenta Marcelo.  O complexo orgânico Vitasoil, incorporado aos manejos feitos pelo produtor, foi responsável por revigorar o solo e estimular a presença de micro-organismos benéficos. “Como solos saudáveis favorecem  o enraizamento das plantas e a absorção de nutrientes, o reflexo na produtividade e qualidade é imediato, decorrente do aumento na reciclagem da matéria orgânica, na saturação de bases e no pH, além de melhor capacidade de retenção de água, aeração e menor compactação do solo”, explica o engenheiro agrônomo Rafael Albuquerque, da Alta-Brasil, distribuidora do Vitasoil no país. 

 

 

Campo Vivo com informações de assessoria
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