Só 33% dos produtores de carne podem vender à UE

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O ministro da agricultura, Reinhold Stephanes, admitiu ontem que apenas um terço das propriedades rurais com potencial de exportação tem hoje condição de vender à União Européia (UE) carne in natura, a pouco mais de 20 dias do fim do prazo dado pelo bloco europeu para credenciar exportadores brasileiros. O bloco está ampliando as exigências para comprar o produto nacional depois que o Brasil registrou casos de febre aftosa há dois anos.


 


O número de propriedades aptas, afirmou o ministro, é bem menor do que se pensava: “Acreditávamos que teríamos 30 mil propriedades prontas, mas agora sabemos que são cerca de dez mil apenas”.


 


Stephanes explicou que a UE exige a implantação da rastreabilidade total do gado para comprar o produto nacional e que o prazo de adequação termina dia 31 de janeiro. Por isso, mesmo admitindo que nem todas as unidades serão inspecionadas a tempo, o ministro informou que será feito um esforço concentrado dos órgãos estaduais e que todos os técnicos tiveram as férias suspensas para atuar na fiscalização.


 


Ele adiantou que tentará convencer a UE a aceitar a inclusão de novas propriedades gradualmente, assim que elas forem fiscalizadas pelo Ministério da Agricultura após 31 de janeiro.


 


“Acredito que eles aceitarão essa proposta, porque precisam da nossa carne. Inclusive, o preço da carne já está subindo na Europa”, disse o ministro.


 


 


O Globo

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