O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Octaciano Neto, e o diretor presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), José Antonio Bof Buffon, se encontraram, na manhã desta segunda-feira (15), com reitor e o pró-reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Reinaldo Centoducatte e Neyval Costa, para discutir a mobilização em torno do +Pesquisa AgroCapixaba, edital que irá investir R$ 14 milhões em projetos ligados às diversas cadeias produtivas do agronegócio.
O edital é o maior investimento, com recursos próprios, já feito pelo Governo do Estado em pesquisa agropecuária. Além de fomentar os estudos voltados ao desenvolvimento rural, o +Pesquisa AgroCapixaba busca unir instituições do Espírito Santo, que já atuam neste setor, para coordenar os projetos que serão subsidiados. Assim, uma das exigências do edital é que os projetos sejam desenvolvidos em rede, ou seja, em parceria com pesquisadores do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) ou do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), órgãos ligados à Seag.
Na reunião desta segunda-feira (15), Octaciano Neto e José Antonio Buffon apresentaram as linhas de pesquisas do edital, assim como as exigências e objetivos do programa. Já os gestores da Ufes destacaram os projetos existentes e discutiram os próximos passos para uma divulgação mais ampla aos pesquisadores da universidade, de todos os campi. Reuniões com o corpo docente e com pesquisadores da universidade irão ocorrer nos próximos dias.
O secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, lembrou que a elaboração do edital levou em consideração os resultados obtidos durante as oficinas do Pedeag 3. “Ouvimos todas as prioridades dos produtores rurais, arranjo por arranjo, e publicamos um edital exclusivo para pesquisa agropecuária, com um investimento inédito de R$ 14 milhões, o maior investimento em pesquisa aplicada da história do Espírito Santo”, frisou.
O reitor da Ufes avaliou o +Pesquisa AgroCapixaba como uma boa proposta, que possibilita a criação de uma rede de conhecimento e pesquisa de áreas que são importantes e necessárias para o desenvolvimento do Estado. “O fato das instituições trabalharem juntas mostra que o Governo está criando uma grande equipe capaz de responder a um conjunto de necessidades e demandas dos produtores rurais de uma melhor forma”, disse Reinaldo Centoducatte.
O diretor presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), José Antonio Bof Buffon, ressaltou que o edital garante a criação de novos grupos de pesquisa e a sua interiorização. “Queremos compartilhar as pesquisas para que elas possam se difundir pelas instituições públicas e privadas do Estado. Para isso trabalharemos em rede. O incentivo a novos pesquisadores é outro ponto importante do edital”, destacou.
Após a reunião, o pró-reitor, Neyval Costa, destacou que a universidade possui projetos nas áreas de agricultura tropical, ciências florestais, biodiversidade tropical, biologia vegetal, agroquímica, ciências veterinárias e genética e melhoramentos, que podem ser beneficiados pelo edital. “O que a gente precisa fazer é justamente tentar a integração com os outros órgãos do Governo para que essas pesquisas participem do edital. Porque nós temos profissionais muito bons na Ufes e em outros órgãos também, como o Incaper, o Idaf, na UVV, que podem atuar juntos”, falou Costa.
+Pesquisa AgroCapixaba
O edital “+Pesquisa AgroCapixaba” é o primeiro fruto do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba, o Pedeag 3. As linhas de pesquisa foram definidas com base nas demandas que surgiram durante os debates realizados nas mais de 50 oficinas de trabalho em torno dos principais arranjos produtivos da agropecuária capixaba.
Um dos principais desafios apontados durante as oficinas do Pedeag 3 está relacionado ao problema da escassez de água. E a expectativa é de que os projetos desenvolvidos permitam a busca de soluções inovadoras para a mitigação dos efeitos climáticos adversos que o Espírito Santo vem enfrentando nos últimos anos.
Ingrid Castilho