Os custos de produção da carne bovina mantêm rota ascendente no país. Em setembro, o custo operacional total subiu 0,60%, o que levou a alta acumulada no ano a 8,88%, segundo relatório da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Cepea/Esalq. O custo operacional efetivo, que exclui os gastos com benfeitorias e manutenção e depreciação de máquinas e implementos, subiu 0,50% em setembro e acumulou alta de 8,40% desde janeiro.
O aumento dos custos refletiu a valorização do salário mínimo em São Paulo. No Estado, o piso passou a R$ 410, valor 7,89% superior à base adotada no restante do país – desde junho, o pecuarista paulista tem os maiores aumentos nos custos de produção apresentados pelo levantamento. No ano, o custo total em São Paulo teve alta de 13,31%.
Adubos e corretivos, que representam 5,64% dos custos totais, subiram 22,7% desde janeiro e são o insumo com maior alta acumulada no ano. O preço dos insumos para reprodução, em contrapartida, caiu 0,75% nos primeiros nove meses de 2007, mas eles respondem por apenas 0,54% dos custos totais.
A pesquisa constatou a perda do poder de compra dos criadores de Minas Gerais. No Estado, os custos efetivos avançaram 8,7% até setembro, enquanto a arroba do boi gordo subiu 7,3%.
Valor Econômico