O Senado dos Estados Unidos aprovou na sexta-feira uma nova versão da Lei Agrícola que disciplina os controvertidos subsídios recebidos pelos fazendeiros americanos. A proposta destina US$ 286 bilhões para diversos programas de apoio à AGRICULTURA nos próximos cinco anos e mantém o grosso dos subsídios essencialmente como são hoje.
Resultado de meses de negociações no Congresso, a nova lei é uma exibição de força dos congressistas que defendem os interesses do setor agrícola e mais uma demonstração da falta de disposição dos Estados Unidos para promover reformas nesses programas, que ajudam os fazendeiros americanos a competir em melhores condições no mercado externo.
Os subsídios disciplinados pela Lei Agrícola beneficiam principalmente produtores de milho, soja, trigo, arroz, algodão, açúcar e laticínios. O Senado criou agora novos programas para produtores de verduras e frutas, além de incentivos para o desenvolvimento de combustíveis de origem renovável como o ETANOL celulósico, cuja produção não é viável comercialmente.
O projeto aprovado na sexta-feira ainda não é a última palavra do Congresso americano sobre o assunto. Em julho, a Câmara dos Representantes aprovou uma proposta diferente. Em janeiro, quando voltarem do recesso de fim-de-ano, deputados e senadores terão que voltar ao tema e eliminar as diferenças entre os dois projetos.
O presidente George Bush ameaça vetar a lei se forem mantidos alguns dispositivos, como um aumento de impostos destinado a financiar a concessão de novos subsídios.
Valor Econômico