O cenário de uma safra menor e de baixos estoques de café no Brasil fez com que o volume de contratos da commodity cotados na Bolsa de Mercadoria & Futuros (BM&F) subisse 41,2% até julho, para 419,43 mil papéis negociados. O resultado equivale a 41,943 milhões de sacas de café de (60 quilos) negociadas – um recorde histórico para o período. Representa a colheita média brasileira (considerando a bianualidade). Em valor, os contratos atingiram US$ 5,34 bilhões, 45,9% mais que em igual período do ano passado.
O diretor de Derivativos Agropecuários e Energia da BM&F, Félix Schouchana, atribuiu o forte crescimento das negociações do café, em parte, à uma safra menor neste ano – prevista em cerca de 32 milhões de sacas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) – aos excedentes baixos e ao câmbio. Os produtores fazem proteção de preço com os contratos futuros. “O café tem uma correlação muito forte com a volatilidade da safra”. Por ter mais liquidez entre as demais commodities, o diretor acrescenta que o interesse pelos contratos de café na BM&F cresce a cada dia.
Gazeta Mercantil