Um estudo para registro de novos princípios ativos e estabelecimento de tolerância de importação para defensivos agrícolas utilizados na cultura do mamão começou a ser discutido entre a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex) e empresas fabricantes dos produtos. A reunião sobre o tema foi realizada em Linhares (ES), na última terça-feira (20), após reuniões internas entre o setor do mamão que resultou em uma relação de produtos necessários para o cultivo da fruta garantindo produtividade e segurança do alimento.
O encontro reuniu membros da diretoria da Brapex, responsáveis técnicos das empresas exportadoras e de mercado interno da fruta e representantes das fabricantes Basf, Syngenta, Bayer, Iharabras e Sumitomo. De acordo com Franco Fiorot, diretor executivo da associação, o encontro foi o primeiro passo para construir um projeto que irá solicitar a aprovação da eficiência dos produtos em importantes mercados internacionais. “Tivemos um projeto semelhante no passado que foi bem sucedido e permitiu avanços em produtos que hoje são usados pelo setor produtivo. Agora, temos uma nova demanda do mercado consumidor e estamos atentos para avançar no que for necessário garantindo a produção de mamão com qualidade e segurança”, afirma Fiorot.
O diretor técnico da Brapex, José Roberto Macedo Fontes, explicou que diante da necessidade do segmento e da linha de trabalho das empresas, a intenção é seguir em conjunto para evoluir nos registros e formas de manejo da cultura. “Temos que ter esse entendimento das empresas para seguir a demanda do mercado”, destacou.
Os representantes das empresas presentes manifestaram apoio a iniciativa e pontuaram sobre os produtos da empresa relacionados pelo setor do mamão como prioritários e com necessidade de inovações. “Esse é o caminho para que possamos ter sempre uma atividade fortalecida e que a cultura acompanhe as evoluções do mercado”, destacou Cesar Moura, representante da Basf. O técnico da Syngenta presente, Rodrigo Pereira, também apoiou o projeto. “A empresa sempre promove as boas práticas no campo e isso passa pela utilização adequada dos produtos”, afirmou Pereira.
A relação de produtos que serão alvos da pesquisa inclui acaricidas, fungicidas e inseticidas. Uma próxima reunião ficou agendada para dezembro para avançar no projeto.
Redação Campo Vivo