As exportações do agronegócio brasileiro no ano passado somaram US$ 88,224 bilhões, valor 8,8% inferior à receita de 95,748 bilhões registrada em 2014. Já as importações recuaram 21,3% para US$ 13,073 bilhões.
O saldo do comércio externo do agronegócio caiu 6,2% e ficou em US$ 75,151 bilhões, com forte contribuição para o superávit de US$ 19,685 na balança comercial brasileira, uma vez que os demais setores tiveram déficit de US$ 55,466 bilhões.
Outro destaque é o aumento do agronegócio no faturamento total das exportações brasileiras, que no ano passado atingiu o recorde de 46,16%, bem acima dos 42,98% registrados em 2014.
Vale lembrar que as exportações brasileiras no ano passado caíram 15,1% para US$ 191,134 bilhões, o menor valor desde 2009. A receita dos demais segmentos, exceto o agronegócio, caiu 19,8% para US$ 102,910 bilhões.
Volumes recordes
Em nota, o Ministério da Agricultura destaca os volumes recordes de exportação de farelo e soja em grãos, milho, frango in natura, café e celulose. O volume exportado de soja em grãos cresceu 19% em relação a 2014 e chegou a 54,32 milhões de toneladas.
As exportações de farelo de soja somaram 14,8 milhões (mais 8%); milho 28,9 milhões de toneladas (mais 40%); café 2,09 milhões de toneladas (mais 1%); carne de frango in natura 3,89 milhões de toneladas (mais 7%) e celulose 11,97 milhões de toneladas (mais 8%).
Outros itens importantes para o agronegócio brasileiro registraram aumento no volume exportado em relação a 2014, como álcool (34%), frutas (17%), papel (14%), cacau e derivados (12%) e carne suína (10%).
Em relação ao valor exportado, o complexo soja ocupou a primeira posição no ranking, com US$ 27,9 bilhões. As carnes ficaram em segundo lugar (US$ 14,7 bilhões), com destaque para a carne de frango, que representou 48% do valor exportado pelo setor (US$ 7,07 bilhões e 4,23 milhões de toneladas).
Os produtos florestais ocuparam a terceira posição. Foram exportados US$ 10,33 bilhões, dos quais mais da metade representa venda de celulose (US$ 5,59 bilhões). Em relação ao ano anterior, houve crescimento de 5,6% em valor, quando as exportações do produto haviam alcançado US$ 5,29 bilhões.
A secretária de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Tatiana Palermo, explica que seguindo a tendência mundial das commodities, os principais produtos agrícolas brasileiros exportados, como soja e carne, tiveram queda no preço médio. “A baixa, porém, foi compensada pelos volumes recordes exportados e pela valorização do câmbio, o que sustentou a renda em real dos exportadores”, diz ela.
Globo Rural