A entidade calcula que os produtores de carne bovina deverão faturar cerca de R$ 96,5 bilhões neste ano, um aumento de 14,5% na comparação com o ano passado.
“O resultado positivo é reflexo da valorização do preço da arroba, frente à menor oferta de animais para abate”, disse o presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Antônio Pitangui de Salvo, em nota.
O Brasil é hoje o segundo maior produtor de carne bovina do mundo, responsável por 17% da produção total, e pode superar os Estados Unidos até 2020, disse a CNA.
A melhora na estimativa da CNA sobre a produção de carne bovina ocorre em um momento em que as exportações brasileiras do produto dão um sinal de recuperação.
Em setembro, o país vendeu 117,6 mil toneladas de carne bovina, resultado ainda 0,36% inferior ao do mesmo mês do ano passado, mas que, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), pode sinalizar retomada na melhora do ritmo dos embarques.
“A volta aos patamares de exportação do ano recorde de 2014 pode ser um sinal de recuperação dos mercados internacionais e também de um alívio para o setor, que enfrenta queda acentuada de consumo no mercado interno”, disse a Abrafrigo em nota.
O Brasil ainda enfrenta baixa oferta de animais para abate e os preços de boi gordo e de carne continuam em patamares superiores aos do ano passado.
Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço da carcaça casada bovina comercializada no atacado na Grande São Paulo subiu 18,4% na quarta-feira (14), em termos nominais, na comparação com o registrado no mesmo dia do ano passado, fechando a R$ 9,71/kg. Já o indicador ESALQ/BM&FBovespa para o preço do boi gordo no estado de São Paulo sobe 1,83% no mês e 11,16% no ano,za R$ 147,30.
CarneTec