As previsões de tempo em escala global do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Inpe, vão contar, a partir de 2016, com um novo modelo atmosférico de circulação global, o BAM (Brazilian Global Atmospheric Model). Com isso, as previsões vão ganhar maior confiabilidade e qualidade, principalmente nos casos de eventos extremos, como chuvas intensas e períodos de seca.
Para falar sobre o assunto, o programa Revista Brasil entrevistou o pesquisador do CPTEC do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Paulo Kubota, que explicou como deve funcionar o BAM e quais são as expectativas para as novas previsões do tempo no país.
Ele contou que existem muitas expectativas em cima da nova tecnologia desenvolvida pelo CPTEC, principalmente no que diz respeito às previsões de longos períodos, a chamada previsão sazonal, que ajuda a prever fenômenos naturais.
“A gente espera que este modelo dê um resultado bom para a previsão climática. O que a gente espera para este ano é que dê uma boa previsão do tempo em uma escala de sete dias e uma boa previsão sazonal, para um período de 6 a 9 meses, que servem para eventos do El Niño, La Niña, entre outros”.
Paulo Kubota destacou que o trabalho do CPTEC do Inpe é fornecer produtos à população de modo que ela usufrua das informações de previsão do tempo.
“O produtor agrícola, principalmente, vai pegar as nossas previsões e escolher o melhor período para realizar a sua plantação e colheita, baseado na previsão de tempo que o centro fornece. Também, as pessoas que trabalham todos os dias obtêm as informações para saber a melhor forma de se adequarem às condições do tempo durante o dia”, ressalta o pesquisador.