Uma desaceleração econômica mundial e uma possível recessão nos Estados Unidos e em outros países ricos não vão afetar fortemente a tendência de alta no preço dos alimentos, pelo menos a curto prazo, afirmou ontem em Davos o diretor-geral da Organização da Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).
Jacques Diouf disse em entrevista durante o Fórum Econômico Mundial que os fundamentos que provocaram o aumento dos preços dos alimentos nos últimos meses -mudanças climáticas, demanda em ascensão dos países emergentes, procuram interno por biocombustíveis e crescimento populacional- seguem os mesmos, independentemente das turbulências internacionais.
“Mesmo que haja um desaquecimento na economia e vejamos as pessoas diminuindo o consumo, certamente não será em alimentos”, afirmou Diouf. Para ele, os preços de outras commodities vão cair antes dos produtos agrícolas.
Folha de São Paulo