Parcerias entre cafeterias e produtores de renome garantem alta lucratividade para ambos os lados. Enquanto as redes conseguem vender o café por um preço até 150% superior ao comercializado nas gôndolas de supermercados, as fazendas obtêm um valor até 40% acima do de mercado.
A Ipanema Coffees, por exemplo, já conseguiu remuneração 100% acima da obtida no mercado comum em seus 10 anos de parceria com a rede Starbucks, e hoje continua mantendo uma lucratividade de 30%. “A Starbucks é bastante exigente na constância de qualidade, mas uma vez que o produtor atinge o padrão estabelecido, consegue uma remuneração bem acima da do mercado”, destacou o presidente da Ipanema Coffees, Washington Rodrigues.
Segundo reportagem do Diário do Comércio e Indústria/SP, a Ipanema destina 20% da produção para a Starbucks, e tem outros clientes expressivos, como a alemã Tchivo, com mais de 1 mil lojas, além de ter a própria rede de cafeterias no Brasil, a Cafeera.
Já a Suplicy Cafés apostou na oferta de uma marca própria e hoje terceiriza o serviço por meio da venda do produto a outros estabelecimentos. “Já estamos próximos de 100 clientes no atacado e o crescimento deve continuar nessa proporção”, informou o proprietário, Marco Suplicy.
O preço do quilo de café nas cafeterias com marca própria está R$ 40 em média, enquanto o preço do quilo do café popular varia entre R$ 9 e R$ 15. E mesmo assim o consumo dos cafés mais sofisticados está cerca de 15% acima dos demais.
Para o diretor de Marketing da Alta Mogiana Specialty Coffees (AMSC), João Guilherme Martins, a principal vantagem para as cafeterias é não ter oscilação de qualidade e garantir o fornecimento do produto.
CMA