Embora o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro tenha acumulado alta de 3,73% no ano, até agosto, a rentabilidade dos produtores rurais é quase negativa por conta do aumento do custo de produção, efeito do câmbio em baixa e gastos com infra-estutura. O superintendente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Ricardo Cotta Ferreira, acredita que o setor encerrará o ano com alta de 5%. “Mas o principal elo da cadeia não está absorvendo esses números excelentes do setor, pois a rentabilidade dos produtores rurais está sendo corroída pelo câmbio, custos elevados tanto dos insumos quanto pela infra-estrutura ruim”, disse.
Sem citar números, Cotta disse que a rentabilidade do campo será suficiente apenas para cobrir o custo operacional, mas os produtores ficarão sem renda para a renovação de máquinas, por exemplo.
Segundo a estimativa CNA, em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), confirmam as expectativas de um crescimento equilibrado entre agricultura e pecuária este ano, por conta da melhora do segmento industrial do café e de processamento vegetal, na área da agricultura, e os bons resultados da indústria de abates e de lácteos, na área da pecuária.
A produção primária dentro da porteira da fazenda reduziu seu ritmo de expansão em agosto, de 1,41% para 1,22%. Porém elacontinuou com alta de 6,55% no ano.
As estimativas para o Valor Bruto da Produção (VBP) indicam que o faturamento bruto do setor deverá aumentar 13,46%, em 2007, atingindo R$ 203,9 bilhões. A previsão é de que o VBP da agricultura feche o ano em R$ 123,1 bilhões, frente aos R$ 107,5 bilhões de 2006, enquanto o faturamento da pecuária deve chegar a R$ 79,9 bilhões, com aumento de 11,86% em relação aos R$ 71,4 bilhões em 2006.
Gazeta Mercantil