Ho Chi Minh City, 5 – Os preços mundiais do café em 2008 ficarão altos, mas não devem ultrapassar as máximas recordes alcançadas este ano, afirmou hoje Nestor Osório, presidente da Organização Internacional do Café (OIC). “Não vejo uma variação muito significativa nos preços. Considerando-se os fundamentos atuais do mercado, parece que os preços serão sustentados nos níveis atuais”, afirmou Osório. “O mercado ficará mais equilibrado do que no ano safra anterior, mas os preços ficarão firmes devido ao aumento do consumo”, disse ele.
A produção mundial de café de 114 milhões de sacas de 60 quilos ficou abaixo da demanda em cerca de 8 milhões de sacas no ano safra encerrado em 30 de setembro.
Apesar dos temores recentes devido a uma “mini seca” no Brasil, maior produtor mundial de arábica, a OIC espera que a produção brasileira fique acima de 36 milhões de sacas de 60 quilos. Analistas estimam a produção brasileira neste ano safra entre 36 milhões e 50 milhões de sacas.
A OIC irá divulgar sua estimativa de produção para 2007/08 depois que a COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB) confirmar seus números de produção no dia 14 de dezembro, quando também divulgará os primeiros números para a safra brasileira 2008/09.
Osório estima que a produção de café do Vietnã, maior produtor de robusta, deve cair em torno de 10% a 15%, para cerca de 1 milhão de toneladas devido ao excesso de chuvas e após a grande produção no ano safra anterior, que foi de aproximadamente 1,2 milhão de toneladas.
A demanda global deve atingir 125 milhões de sacas de 60 quilos em 2007/08, em comparação a 122 milhões de sacas no ano safra anterior. O crescimento do consumo deve aumentar em 1,7% a 2% no ano, segundo ele. As informações são da Dow Jones.
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