O presidente da Argentina, Mauricio Macri, tem estado ocupado desde que assumiu o cargo em 10 de dezembro de 2015. Nesse curto período, Macri pôs fim a tarifas de exportação, revisou a agência de estatísticas do país, substituiu o presidente do banco central, nomeou dois juízes da Suprema Corte e permitiu que o peso argentino flutuasse livremente – e essa foi apenas a primeira semana no cargo.
A ação rápida, de acordo com o novo presidente, é para ajudar a dar um salto na economia da Argentina na esperança de lidar com a inflação de 25% anual do país, reduzir suas dívidas fiscais e lidar com a taxa de pobreza de 29%, de acordo com o Wall Street Journal. O presidente está vendo as exportações agrícolas como uma forma para alcançar esse objetivo.
Macri não parou por aí, entretanto. Na semana passada, ele reuniu-se com membros importantes da indústria de lácteos para assinar um novo compromisso de suporte aos produtores e promover a indústria. O acordo inclui provisões para pagamentos diretos a fazendas, além do acesso a empréstimos de menores custos para operações de lácteos com dificuldades – tudo visando aumentar as exportações de lácteos da Argentina em curto prazo. Especificamente, o acordo inclui um subsídio de 40 centavos de peso (2,96 centavos de dólar) por litro de leite para os primeiros 3.000 litros produzidos por dia durante a primeira metade de 2016. Isso é equivalente a um aumento de 33% ou 36.000 pesos (US$ 2.665,03) por produtor.
Em um período em que os cofres mundiais de leite em pó estão estourando, outro país fornecendo novos subsídios aos produtores de leite sugere que não há um fim à vista para as tendências atuais. Embora essas sejam boas notícias para a indústria de lácteos da Argentina, esse último acordo pode desencadear discórdia em produtores de leite dos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia.
Campo Vivo com informações de assessoria