Normas para orgânico aquecem o mercado

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A participação brasileira no mercado mundial de produtos orgânicos deverá chegar a 30% este ano. O avanço será possível depois que o governo federal criou normas para o setor. Em 2007, o valor das exportações alcançaram US$ 45 bilhões. A regulamentação da produção de orgânicos deve contribuir para aquecer ainda mais um mercado, que se encontra em franca expansão, por causa da crescente aversão do consumidor a produtos químicos. No mercado interno, as vendas de orgânicos somaram US$ 250 milhões em 2007.


Disputados no mercado internacional há pelo menos sete anos, as normas para os produtos orgânicos só foram regulamentadas no Brasil no fim do ano passado. A lei 10.831, de 23/12/2003, foi publicada no Diário Oficial da União do dia 28 de dezembro de 2007. Define regras para produção e certificação para comercialização nos mercados interno e externo, criando mecanismos que possam mensurar as negociações e atrair investimentos de grandes empresas nesse segmento.


“A regulamentação dos orgânicos melhora a credibilidade deste setor”, afirma Ming Liu, gestor do projeto OrganicsBrasil.


De acordo com um levantamento feito pela instituição, o Brasil exportou cerca de 70% de sua produção, e fechou 2007 com um saldo de US$ 21 milhões. A instituição conta com 42 empresas com produtos certificados internacionalmente associadas.


Para Liu, em 2007 vários setores, como de alimentos, cosméticos, têxtil, floricultura e animais domésticos se consolidaram. “Se usarmos como referência os países que já organizaram o segmento, após a regulamentação houve um crescimento em ordem exponencial. No caso dos Estados Unidos, o setor cresce a uma média de 30% a 40% ao ano em alimentação orgânica desde a regularização do mercado”, observa.


André Gasparini, gerente de exportação da Agropalma, explica que ainda existe uma boa parcela do mercado a ser explorada. Explica que o cultivo, antes na maioria explorado pela agricultura familiar, deixou de ser exclusividade do pequeno agricultor. Agora chama a atenção das grandes multinacionais, que cada vez mais buscam explorar esse filão e profissionalizá-lo.


Gazeta Mercantil

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