O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, anunciou nesta segunda-feira mudanças na fiscalização da produção de leite brasileira. Atualmente, o ministério tem fiscais fixos nas maiores empresas produtoras e rotativos, que atuam nas empresas de produção menor. As empresas também têm técnicos próprios para o controle de qualidade.
Segundo o ministro, os técnicos, que fazem a auditoria individualmente, serão aos poucos substituídos. “Pretende-se adotar uma auditoria por amostragem, três ou quatro auditores juntos, para ver se esse sistema está funcionando como todos nós desejamos que funcione.” De acordo com informação do ministério, no novo sistema, as equipes, formadas por três fiscais federais agropecuários (dois médicos veterinários e um agente de inspeção sanitária), serão responsáveis pela fiscalização do trabalho dos técnicos das empresas.
Além disso, o ministério intensificará a coleta de amostras para análise do leite, passando a fazer esse trabalho diariamente com produtores e empresas produtoras.
Atualmente são coletadas 10 mil amostras por dia. Caso seja detectado que o produto não está em conformidade com as regras do ministério, pode ser rejeitado completamente ou destinado a subprodutos como manteiga e queijo, dependendo do grau de condenação da qualidade.
As medidas fazem parte do novo programa de inspeção que o ministério irá adotar para tentar evitar a recorrência de fraudes. “O piloto do novo programa está em prática em Minas Gerais, mas, a partir de amanhã (30), os técnicos farão ajustes para estendê-lo a todo o país nos próximos dias”, informou o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Nelmon Oliveira.
O Ministério da Agricultura conta com 210 fiscais para auditar 1.700 empresas produtoras de leite e laticínios. Segundo Oliveira, apesar de não poderem estar presentes diariamente nas empresas, em função da defasagem de fiscais, o ministério pretende fazer uma auditoria mais completa em cada visita.
O Dia