Em reunião realizada na sede da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca (Seag), foram discutidas ações emergenciais para enfrentar o período de seca em que se encontra o Espírito Santo e que afeta a agricultura capixaba, principalmente a pecuária. Os principais agentes atuantes neste processo são a Seag e o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). O Incaper é o responsável pelo levantamento de toda área em produção da cana e trabalha com a meta de duplicação da área atual, que deve chegar a 12 hectares. O objetivo é utilizar o produto como reforço alimentar para o gado. Além disso, o Instituto divulga e oferece suporte técnico à campanha educativa da capineira com cana irrigada. Já a Seag chama as cooperativas leiteiras para cederem áreas para formação de campos de produção de mudas com material fornecido pelo Incaper para posterior repasse aos cooperados. Além disso, a Seag realizou reunião com os principais agentes financeiros e definiu ação emergencial integrada com sugestões para inclusão nos financiamentos agrícolas para atividades de pecuária de uma área mínima de 1,0 hectares, com cana irrigada em cada projeto; alongamento das dívidas para os tomadores de financiamentos agrícolas afetados pela seca mediante laudo técnico; e apoio institucional, se possível financeiro, à campanha educativa de incentivo ao uso da capineira com cana irrigada, em todas as propriedades que se dedicam à pecuária e/ou são assistidas pelo Incaper. A Secretaria é responsável ainda pela recomendação e orientação aos municípios mais afetados pela seca para que concluam o processo de decretação de emergência e assim a Seag, e seus órgãos vinculados, atuem efetivamente no controle. Além do secretário de Estado da Agricultura, César Colnago, esteve presente na reunião o subsecretário da Seag, Cléber Guerra, gerente de Pecuária da Seag, Pedro Cani, o gerente de Planejamento Rural Sustentável da Seag, Bruno Soares Silvares, o presidente e o diretor técnico do Incaper, Enio Bergoli e Antônio Elias, respectivamente, o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Paulo Azevedo, o diretor técnico do Idaf, José Luís Demoner, o diretor administrativo da Ceasa/ES, Getúlio Pires, o chefe da Defesa Civil, Coronel Álvaro Duarte e o Major André do Corpo de Bombeiros. Monitoramento De acordo com o monitoramento do Sistema de Informações Agrometeorológicas (Siag), as chuvas ainda não chegaram ao Sul do Estado e o acumulado de setembro não ultrapassou os 15 milímetros. Já na Região Serrana, Venda Nova do Imigrante é o município que possui o maior déficit de chuvas neste período, com cerca de 81% a menos do que deveria ter chovido. Em Alegre, Cachoeiro de Itapemirim e Muniz Freire este índice cai para 70%. Em Domingos Martins e Alfredo Chaves o índice está em torno de 50% e 67%, respectivamente. Devido às chuvas ocorridas nos últimos dias, na Região Norte o déficit varia entre 25 e 50%. “Com relação ao acumulado do ano o interior do Estado apresenta menos quantidade de chuvas em relação à Região Litorânea. O Sul continua sendo a região mais seca, mesmo com a redução dos dias secos consecutivos não significa que a situação está resolvida, indica apenas que ocorreu alguma chuva maior que 5,0 mm”, afirma o coordenador do Siag, José Geraldo Ferreira da Silva. A expectativa é que a partir de meados deste mês as chuvas comecem e sejam significativas principalmente no Norte do Estado. Com relação ao Sul, a previsão, de acordo com o Siag, é que comece a chover mais para o final do mês e início de novembro. Gerência de Informação e Análise da Seag
Governo implementa ações emergenciais de combate à seca no Espírito Santo
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