Fibria comemora 25 anos do Poupança Florestal e premia produtores que se destacaram no Programa

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Quando foi lançado, há 25 anos, o programa que pretendia incentivar o cultivo de eucalipto como fonte alternativa de madeira para a fábrica de celulose da Fibria e como forma de desenvolver o negócio florestal esperava responder por 5% do abastecimento de madeira da empresa. Duas décadas e meia depois, o Poupança Florestal respondeu, em 2014, por 30% do abastecimento da Fibria e o cultivo de eucalipto é a terceira atividade mais importante do agronegócio no Espírito Santo, depois do café e da produção animal. A celulose produzida a partir do eucalipto é o primeiro produto da pauta de exportações do agronegócio capixaba.

Esses foram alguns dos dados destacados na solenidade de comemoração dos 25 anos do Programa Poupança Florestal, da Fibria, realizado na quarta-feira (25), no Cerimonial Steffen, Serra (ES). A celebração também marcou o lançamento do portal www.poupancaflorestal.com.br, a partir do qual produtores que já são parceiros da empresa no cultivo de eucalipto e outros interessados no tema podem ter acesso a dicas técnicas, orientações sobre cultivo, legislação ambiental e sobre o funcionamento do programa.

 

Reconhecimento

Durante a solenidade, a Fibria premiou alguns produtores que vêm se destacando na parceria com a empresa. Foram premiados 10 produtores (cinco do Espírito Santo e cinco da Bahia) por terem se sobressaído em aspectos como produtividade, qualidade da madeira, restauração ambiental, longevidade da parceria com a empresa e outros. Eles ganharam um troféu confeccionado em madeira de eucalipto e um tablet.

Um dos premiados foi Carlos Prest, de Marechal Floriano. “Quando comecei, plantei na parte mais fraca do terreno e tenho ótima produtividade de madeira. O eucalipto tem a capacidade de restabelecer a qualidade da terra, outro plantio após a colheita do eucalipto produz muito mais. Estou eufórico, esse prêmio só vai trazer motivação”, disse ele.

A Fibria também prestou homenagem especial a Pedro Burnier, ex-diretor florestal da empresa e um dos mentores do Poupança Florestal. Foi na gestão dele que o programa foi criado. Burnier lembrou que, quando o programa foi concebido, a intenção é que chegasse a responder por 5% da madeira que abastece a fábrica, “mas achávamos que seria difícil, muitos não acreditavam”.

Hoje o Poupança Florestal tem importante representatividade no abastecimento da Fibria: 30% em 2014. “Também conseguimos fazer o eucalipto subir a montanha”, observou ele, lembrando que no início os plantios eram concentrados em áreas planas. Outro homenageado do evento foi o supervisor da Fibria, Eduardo Martins Dan, que atua no Poupança Florestal há 25 anos, desde que o programa começou.

 

Futuro da parceria

O evento teve a participação do diretor florestal da Fibria, Aires Galhardo, que destacou a importância da parceria com os produtores, salientando que a madeira produzida por eles faz parte dos planos de diversificação da Fibria. A empresa estuda produzir, a partir da madeira, outros produtos que não apenas celulose e o eucalipto proveniente do Poupança Florestal será muito importante nesse processo.

Também presente ao evento, o diretor de Tecnologia e Inovação da Fibria, Fernando Bertolucci, falou aos produtores sobre o futuro do Poupança Florestal. Segundo ele, a empresa traçou um Plano Diretor definindo critérios para fortalecimento e expansão das parcerias, além de objetivos relacionados a aumento da produtividade, preservação das florestas nativas e criação da cadeia de valor a partir de florestas plantadas, entre outros.

O secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, revelou que também planta eucalipto em sua propriedade e falou da importância da cultura no Espírito Santo que, segundo ele, é a terceira atividade mais importante do agronegócio. O secretário também lembrou que a celulose produzida a partir do eucalipto é o primeiro produto da pauta de exportações do agronegócio capixaba.

 

O Programa

O Poupança Florestal busca incluir o produtor rural no negócio florestal e conta atualmente com 1.580 produtores de eucalipto parceiros no Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais. Pelo programa de parceria, a Fibria e o produtor assinam um acordo, por meio do qual a empresa financia a produção florestal, com mudas, assistência técnica e os insumos necessários ao cultivo. O produtor entra com o manejo das plantações. O financiamento é por equivalência em madeira e o pagamento é feito somente no momento da colheita. O ciclo de cultivo leva em torno de sete anos e, quando colhida, a madeira é vendida para a Fibria a um preço que foi previamente estabelecido e corrigido ao longo do ciclo.

 

 

Fibria

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