Falta de milho eleva preço de suínos

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Depois de passar o segundo semestre correndo atrás de matéria-prima para alimentação dos animais, os suinocultores encerrarão 2007 com as finanças um pouco mais folgadas do que em anos anteriores. Porém, a valorização da carne registrada neste final de ano não será suficiente para cobrir os prejuízos amargados nos primeiros sete meses, afirma o presidente da Acsurs, Valdecir Folador. O motivo é o aumento de 57,4% no custo do milho com relação à mesma época de 2006. O grão, que responde por 70% da ração suína, passou de R$ 19,38 para R$ 30,50 a saca. O mesmo ocorreu com o farelo de soja. A tonelada custava R$ 477,00 em dezembro do ano anterior e passou para R$ 630,00 neste mês. “Mesmo que o quilo vivo do suíno integrado esteja valendo hoje R$ 2,20, o produtor vai terminar com o ano perdido”, avalia Folador, lembrando que o valor estava em R$ 1,60 em dezembro de 2006. Da mesma forma, o kg/vv do suíno independente pulou de R$1,83 para R$ 2,77 no mesmo período.


 


O quadro levará o consumidor a pagar mais caro pelos cortes neste final de ano, principalmente por itens culturalmente essenciais na ceia como pernil, tender, costela suína e lombo. Conforme o diretor executivo do Sips, Rogério Kerber, tanto a carne como os produtos processados já registraram acréscimo de 15% a 20% nos supermercados. “É possível que haja mais um reajuste.” Mas o quadro não assusta. A escalada na cotação dos cortes bovinos e de aves servem de segurança para os suinocultores, que aproveitam a oportunidade para ocupar lugar no mercado. “O quilo da picanha está em R$ 30,00 enquanto o da carne suína, entre R$ 10,00 e R$ 12,00”, informa Folador. Com isso, a projeção é encerrar 2007 com incremento de 7% sobre o volume de produção do ano passado. “Só no Rio Grande do Sul, houve aumento de 8% nos abates nos primeiros dez meses do ano”, considera.


 


A perspectiva é que a cadeia produtiva continue alçando vôo em 2008. Com a reabertura do mercado russo para outros estados brasileiros, a expectativa é que haja ampliação do volume embarcado.


 


 


Correio do Povo – RS 

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