Exportações seguem em alta, apesar de pessimismo

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A queda de 6,4% no principal índice de fretes do Báltico, quinta-feira, pode melhorar os preços de frete para exportação das commodities de uma maneira geral. De acordo com a Reuters, o índice, que monitora as principais rotas comerciais para minério de ferro, carvão e commodities soft em geral (como grãos e açúcar), caiu 441 pontos e alcançou os 6.472 pontos, o menor número dos últimos seis meses. Mas para especialistas, o índice não sinaliza uma crise imediata das commodities mundiais. “A procura por transporte marítimo cresceu muito em 2007, o que acabou dobrando o preço do frete. Com isso, a queda do índice não indica uma desaceleração imediata nas negociações das commodities em geral, mas uma possível acomodação dos preços”, explica Wagner Masiero, gerente de suprimentos e logística da Equipav.


Nos últimos três meses, o açúcar registrou uma rertração na exportação entre 10% e 15%. “Mas se deve ao excesso de oferta no mercado causado pela grande produção da Índia”, lembra Masiero. No caso da soja, o produto teve uma fase muito favorável em 2007, exportando cerca de 25 milhões de toneladas e movimentando cerca de US$ 5.7 bilhões, segundo a AgraFnp.


Para Anderson Galvão, diretor da Céleres, a queda do índice não é sinal forte de desaceleração. Ele lembra que “a demanda mundial dos países emergentes têm crescido regularmente. Por isso, acredito que a crise dos EUA não afetará o mercado de commodities imediatamente”, ressalta.


Opinião compartilhada por Fábio Trigueirinho, secretário-geral da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), “os alimentos não são diretamente suscetíveis à recessão justamente por serem uma necessidade básica”. Para 2008, a expectativa é de que as exportações melhorem ainda mais principalmente para os mercados emergentes”.


Expectativa semelhante vive o mercado de milho. Em 2007 foram exportados 10,9 milhões de toneladas, um total de US$ 1.9 bilhões em um ano de recorde para o mercado nacional. Para 2008, a tendência é de o mercado externo continuar positivo para as principais commodities.


Gazeta Mercantil

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