As receitas do Brasil com as exportações de carne de frango cresceram 54,85% no último ano. Subiram de US$ 3,2 bilhões (equivalentes a R$ 5,7 bilhões) em 2006 para US$ 4,976 bilhões (R$ 8,8 bilhões), o melhor nível da história. Esse volume de exportações superou as de carne bovina, que totalizaram US$ 4,4 bilhões (R$ 7,8 bilhões) no ano. Os dados são do balanço anual Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), divulgado durante a semana.
Segundo a Abef, ao longo do ano passado houve valorização de 28% no preço médio internacional da tonelada do frango, que passou de US$ 1.180 em 2006 para US$ 1.510.
Os volumes exportados cresceram 20,95% e saltaram de 2,7 milhões de toneladas em 2006 para 3,287 milhões de toneladas de carne de frango em 2007.
Para este ano, a associação estima um crescimento menor, – em torno de 8% para todo o movimento do mercado (volumes e receitas) -, o que projeta vendas de 3,57 milhões de toneladas e faturamento de US$ 5,39 bilhões (R$ 9,6 bilhões).
A associação estima que continuará a haver aumento dos preços dos insumos avícolas no mercado mundial, principalmente do milho e da soja, que representam 70% dos custos de produção do setor.
Esses aumentos terão de ser repassados aos preços finais, o que deverá desestimular o consumo interno. A entidade também projeta uma redução no ritmo do crescimento econômico mundial.
Oriente Médio
O mercado que mais comprou carne de frango do Brasil, em volume, foi o do Oriente Médio, com 984 mil toneladas, 29,9% do total realizado no ano e crescimento de 30% sobre o volume vendido à região em 2006. Apesar de ter ficado na terceira posição de mercado em valores vendidos, com US$ 524 milhões, o crescimento do faturamento para esse mercado foi de 63%. Os principais compradores foram Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Iêmen.
O mercado dos Países Baixos, no qual se destaca a Holanda, foi o de maior valor em compras brasileiras. Os holandeses foram nossos melhores clientes em receita, com compras de US$ 653 milhões para 246 mil toneladas.
Os frangos em cortes especiais representaram o melhor rendimento do setor, com vendas de US$ 2,7 bilhões, 40% a mais em comparação com 2006. Além desses cortes, o Brasil exporta frangos inteiros, industrializados e salgados.
Também no DF houve aumento
Refletindo o que ocorreu a nível nacional, também no Distrito Federal a carne e miúdos de frango representaram a maior fatia do bolo de exportações da indústria. De acordo com boletim divulgado pela Federação das Indústrias do DF (Fibra), com base em números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a Sadia enviou para o exterior US$ 48,5 milhões nesses produtos – participação de 75,97% do volume exportado.
No total, as exportações das indústrias do DF chegaram a US$ 81,5 milhões em 2007, com crescimento de 23,1% sobre as vendas para o mercado externo no ano anterior, quando atingiram US$ 66,2 milhões – um recorde histórico. Além de frango, as indústrias do DF exportam grãos de soja, ovos para incubação, combustíveis e lubrificantes para aeronaves, máquinas e aparelhos para elevação de carga, entre outros produtos.
Jornal de Brasilia