Exportação de frango sobe 59% com repasse de preço

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A alta do milho e a crescente demanda por carne de frango no mercado internacional permitiram às indústrias exportadoras de carne de frango elevar as vendas extenas do produto para US$ 508 milhões em outubro passado, alta 59% a igual mês de 2006.


 


Em volume, as vendas aumentaram 21% na mesma comparação, para 313 mil toneladas, de acordo com dados divulgados ontem pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef).


 


Com esse resultado, de janeiro a outubro, as vendas externas de carne de frango geraram receita de US$ 3,95 bilhões, alta de 52,76% sobre o acumulado de 2006. Em volume, os embarques somaram 2,7 milhões de toneladas no período, crescimento de 22%.


 


Christian Lohbauer, presidente interino da Abef, explicou que o repasse dos preços dos insumos, principalmente o milho, e a demanda externa sustentaram a alta das cotações do frango na exportação. De janeiro a outubro deste ano, o preço médio ficou em US$ 1.470 por tonelada ante US$ 1.170 de igual período de 2006.


 


Segundo ele, há um novo patamar de preços no mercado, tanto para o frango quanto para os insumos como o milho. “Não devemos mais ver milho de R$ 14,00 [saca no Paraná]”, afirmou.


 


Com os resultados até outubro, a Abef estima que o setor poderá fechar o ano com embarques e receita recordes. Os volumes estão projetados em 3,1 milhões de toneladas e a receita, em US$ 4,5 bilhões.


 


Além da alta dos insumos, a desvalorização do dólar ante o real também afeta a rentabilidade do setor, segundo a Abef.


 


Lohbauer disse que a expectativa do setor é de estoques apertados de milho no começo do próximo ano, antes da entrada de produto da safra 2007/08, principalmente por causa das exportações do grão, que devem ficar entre 9,5 milhões e 10,5 milhões de toneladas.


 


Segundo ele, não deve faltar milho, mas pode haver maior oferta de produto em algumas regiões e menor em outras. Com isso, importações “momentâneas”de milho podem ser necessárias. O setor não acredita, porém, que a forte demanda européia por milho brasileiro deva se repetir em 2008.


 


Valor Econômico  


 

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