O desligamento de cinco estações de radares meteorológicos pela Aeronáutica recebeu críticas do deputado federal Evair de Melo (PV/ES), na sessão dessa terça-feira (03), no plenário da Câmara dos Deputados. Os radares meteorológicos, que fornecem informações para a aviação e sobre a previsão do tempo, importantes para toda sociedade, tiveram as atividades paralisadas por falta de recursos financeiros.
As estações desligadas estão localizadas em Santa Teresa (ES), São Roque (SP), Três Marias (MG), Pico do Couto (RJ) e Gama (DF). Os equipamentos são usados para detectar e processar imagens de nuvens e fenômenos como chuva, neve e granizo, além de prever intensidade e posições futuras. Essas informações são repassadas aos pilotos, mas fundamentalmente servem à Defesa Civil para prever, rapidamente, eventos meteorológicos severos e perigosos aos cidadãos.
“Quando vale uma vida? Essa é a pergunta principal nesse processo. As informações fornecidas pelo equipamento são precisas e produzidas num curtíssimo espaço de tempo. Agora elas não existem mais”, criticou Evair.
A Aeronáutica ainda não informou de forma detalhada quanto é gasto com os radares e a suposta economia gerada a partir de seu desligamento. Também ainda não justificou por que as tarifas aeroportuárias estariam sendo insuficientes para manterem os radares ligados.
“O que sabemos é que a gestão desses recursos não está chegando até a ponta”, diz o deputado, que também destacou que no período que presidiu o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), o Governo do Estado realizou investimentos significativos em profissionais e estrutura operacional para detalhar e disponibilizar informações meteorológicas qualificadas, e que somente no ano passado, o sistema do Incaper recebeu quase quatro milhões de acessos para consultas.
Evair adiantou que vai buscar apoio junto a Bancada Federal e a Frente Parlamentar da Agropecuária para reverter o desligamento desses equipamentos, no sentindo de dar segurança a todos os setores que dependem de informações precisas quanto às previsões climáticas.
“Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal e outras regiões estão perdendo e correndo risco com a paralisação dos radares. São equipamentos que podem salvar vidas e evitar muitos prejuízos socioeconômicos”, avalia o deputado.
Campo Vivo com informações de assessoria