Um estudo sobre agronegócio unido à sustentabilidade foi entregue ao Governo Estadual nessa semana para que seja analisado. O autor do estudo, o técnico agrícola e relações internacionais da Câmara de Comércio Brasil-China, Riocles Matos Coelho, traz à tona as vantagens do plantio de eucalipto para o Espírito Santo, cultura criticada por ambientalistas que alegam que a planta pode ser prejudicial ao solo.
Segundo Riocles Matos, o Espírito Santo dispõe de 600 mil hectares de terras degradadas, que podem receber a cultura do eucalipto. “O eucalipto muitas vezes transpira menos do que a mata nativa. Ele traz diversas formas de rentabilidade para o produtor e eu sugiro que a cultura seja feita de forma diferente a que é proposta pela Aracruz”.
Segundo o especialista, o melhor para o produtor é começar a colher o que foi cultivado em dois anos de vida da planta. “O ideal é plantar de dois por dois metros e deixar a planta crescer até dois anos. Aí ela já está apta a ser usada na produção de toras de eucalipto, muito usada em canteiros de obras”.
O técnico agrícola recomenda ainda que somente 70% da planta seja retirada aos dois anos. O restante deve ser retirado quando a planta completar 10 anos. “Você pode vender como tora quando a planta completa 10 anos e é um mercado milionário”.
O estudo também apresenta outras alternativas. O técnico agrícola também traz dados sobre o sucesso do cultivo de floresta nativa junto com outras culturas da propriedade. “A melhor opção é a agricultura com floresta. A madeira por exemplo é um seguro contra seca e uma fonte de renda para o produtor”.
Riocles Matos propõe ainda a realização de um seminário sobre agronegócio e sustentabilidade, para reunir autoridades e entidades ligadas ao setor e produtores rurais.
Redação Gazeta Rádios e Internet