Estudo indica risco de contaminação de aves

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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) fez o mapeamento dos estados com capacidade de gerenciar riscos de contaminação de animais pelo vírus da Influenza Aviária, a gripe aviária, e da doença de Newcastle e chegou à conclusão que, dos 21 estados analisados, nenhum possui condições ideais para evitar ou reagir com eficiência à incidência dessas moléstias.


 


O Mapa fez o levantamento nos estados que aderiram ao Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e da Doença de Newcastle. O estudo classificou os estados de A D. Sendo os da primeira categoria, em que nenhum estado foi identificado, os que reuniriam as condições ideais, que incluem critérios como fiscalização, laboratórios, carros, computadores, etc.


 


Apenas Santa Catarina foi catalogado no grupo B, ou seja, ou seja, apresentou condições, mas não ideais, o que significa que demanda ajustes e o apoio do Mapa nas ações de controle das doenças.


 


A maior parte (13) está no grupo C, considerada faixa intermediária, que também precisa estruturar os serviços de sanidade animal. Outros oito estados foram classificados na faixa D – vulneráveis.


 


O Brasil é hoje o segundo maior produtor mundial de aves e o maior exportador de carne, por isso, o Mapa quer, a partir desse estudo, garantir eficiência por meio da regionalização do controle das doenças e melhora da gestão. Segundo o secretário de Defesa, o Plano Nacional de Prevenção da Influenza Aviária e da Doença de Newcastle consiste em regionalizar o controle dessas doenças, ao passar a responsabilidade da ação fiscalizadora aos estados.


 


Kroetz afirma que o risco de contaminação ficará restrito à área de localização de eventuais focos das doenças. De acordo com ele, a partir da detecção de um foco, a região ficará isolada, para que possa haver o controle e o combate de forma mais rápida e dentro do menor espaço possível, para evitar prejuízos a regiões próximas.


 


Segundo ele, apesar das deficiências detectadas, as avaliações possibilitaram conhecer melhor as condições de operacionalização da atividade avícola. Além disso, ele acha que houve um avanço “significativo” no fortalecimento do controle sanitário de aves no país.


 


“Hoje nós temos um retrato fiel da capacidade de resposta a uma eventual emergência sanitária. Temos um retrato dos estados e autoridades para que possam ter a certeza de onde investir para melhorar ainda mais a nossa capacidade de resposta à urgência sanitária”, disse o secretário.


 


O plano prevê a realização de auditorias anuais dos serviços de controle sanitário. Segundo o Ministério, as inscrições dos estados ao plano serão feitas até dia 15 de maio do próximo ano, por isso, ainda pode haver adesão. O resultado com as classificações totais sairá em novembro.


 


O vice-presidente da União Brasileiros de Aves, Ariel Mendes, acredita que a partir da implementação do plano será mais fácil passar pelas auditorias internacionais.


 


 


Gazeta Mercantil


 

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