A produção de pimenta-do-reino tem se consolidado cada vez mais como uma opção de diversificação agrícola e de renda para produtores e conquista, cada vez mais, espaço no mercado. Em Barra de São Francisco, produtores estão motivados especialmente pelos preços atrativos de uma cultura relativamente recente no município. Por este motivo, o I Encontro sobre a cultura da Pimenta-do-Reino recebeu mais de 120 agricultores beneficiários da Chamada Pública – ATER Sustentabilidade/lote 13 – para a promoção da Agricultura Familiar Sustentável.
O evento foi uma realização do escritório local do Incaper em Barra de São Francisco e da Secretaria de Agricultura Municipal. O engenheiro agrônomo e técnico Incaper em São Mateus, Welington Secundino, ministrou a palestra sobre a cultura da pimenta-do-reino e fez um histórico sobre a cultura, os principais tratos, colheita, pós-colheita e perspectivas sobre a cultura.
Welington Secundino também explicou as principais técnicas de cultivo, como o consórcio com outras culturas, as tecnologias que estão sendo aplicadas nas plantações, técnicas de manejo e vantagens e dificuldades da cultura. Os agricultores aproveitaram para sanar dúvidas sobre a cultura da pimenta-do-reino.
O extensionista do Incaper, João Marcos Martins Cardoso, contou que os produtores estão motivados especialmente pelos preços atrativos da pimenta. “Atingimos o objetivo proposto, que foi incentivar aos produtores rurais a aprimorarem seus conhecimentos sobre as técnicas de cultivo da pimenta-do-reino e a diversificação da renda em suas propriedades”, completou João Marcos Cardoso.
Pimenta-do-reino
A pimenta-do-reino, um dos condimentos mais valorizadas do mundo, apresenta grande valor econômico e alta expressão no mercado de exportação. O Espírito Santo é o segundo maior produtor do Brasil, respondendo por 15,38% da produção. Em primeiro lugar está o Estado do Pará, que concentra 74,40% da produção nacional.
No Espírito Santo 80% da área cultivada é irrigada, fazendo com que a produtividade aqui seja maior quando comparada com a de outros estados. A produção capixaba é de mais de 7 mil toneladas por ano, em uma área total de 3.957 hectares, sendo que 90% das áreas de plnatio estão localizados em propriedades de base familiar.
A expansão da pimenta-do-reino tem viabilizado inserção de outros condimentos na região, como a aroeira – urucum, que tem importância por aumentar a gama de produtos para atração de agroindústrias para a região. A regionalização da pimenta-do-reino, possibilitou o financiamento para os produtores via Bandes e Banco do Brasil (Pronaf).
Segundo dados do setor de estatística da Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES) a pimenta-do-reino, em 2015, manteve o preço médio do quilo praticado no mercado a R$10,86.
Tatiana Caus