ES terá primeiro poço para exploração da reserva gigante de petróleo

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A Petrobras anunciou ontem (08) uma reserva gigante de petróleo que se estende pelas Bacias do Espírito Santo, Campos e Santos, em águas mais profundas e em rochas denominadas pré-sal. Essa nova fronteira elevará o país para o posto de 8ª maior reserva do mundo. O Brasil passará de importador a exportador de petróleo.

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, afirmou ontem que o primeiro destes poços a entrar em produção está localizado no Espírito Santo e tem previsão de início de operação em 2009.

A estatal já realizou perfurações em 15 poços no país na área abaixo do sal, sendo que oito já passaram por teste de produção. Deste total, quatro ficam na Bacia de Campos, três no Espírito Santo e um na Bacia de Santos. No Estado, os campos de Caxaréu e Pirambu, no Parque das Baleias, serão explorados primeiro.

Só no campo de Tupi, localizado na Bacia de Santos, a estatal estima um volume de até 8 bilhões de barris de óleo equivalente – hoje, as reservas do país são de cerca de 14 bilhões de barris do produto.

“A descoberta de uma fronteira, abaixo da camada de sal, é excepcional, principalmente por ser de óleo leve, que tem mais gás associado que o óleo pesado”, diz o coordenador da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) no Estado, José Brito Oliveira.

Top 10. O presidente da Petrobras, José Gabrielli, disse que o Brasil terá uma das dez maiores reservas de petróleo do mundo com as novas fontes, que aumentarão os estoques brasileiros em até 50%.

Hoje, o país está na 24ª posição em quantidade de reservas. A estimativa de Estrella é de que 20% a 25% da área que engloba a província petrolífera brasileira que pode existir embaixo do sal já estão sob concessão. Desta faixa, a Petrobras tem de 70% a 75%, sozinha ou em parcerias.

Já o diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, afirmou que um dos benefícios da descoberta em Tupi é a qualidade do óleo, com 28º API. Segundo ele, o Brasil importa atualmente 300 mil barris/dia de petróleo leve para misturar na produção de diesel e, com a descoberta, poderá reduzir este montante. (Com agências).


 


Jornal A Gazeta


 

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