Doenças aviárias têm controle ineficiente

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Levantamento do Ministério da Agricultura indica que o Distrito Federal e nenhum dos 17 Estados e produtores de frango atendem a todas as exigências para o controle e eliminação de doenças aviárias.


 


Num ranking de “A” a “D”, Santa Catarina teve “B”, a melhor colocação. Treze Estados, incluindo São Paulo, obtiveram “C”. O Rio e outros sete Estados ficaram com a pior posição.


 


O objetivo do ranking é permitir que Estados proíbam o trânsito de aves vivas de locais problemáticos na eventualidade de uma epidemia de gripe aviária ou novos focos da doença de Newcastle, por exemplo.


 


A doença de Newcastle, batizada com o nome da cidade inglesa onde foi identificada, é uma infecção aguda do sistema respiratório e altamente contagiosa entre aves. Não é transmitida a seres humanos.


 


Nestes casos, o governo local precisa primeiro de uma autorização do Ministério da Agricultura. Se tiver o aval da União, pode bloquear o tráfego das aves. Segundo as normas instituídas pelo ministério, um Estado só pode barrar produtos de “Estados com classificação equivalente ou inferior”.


 


“Tínhamos pressão muito grande para saber se os serviços de inspeção funcionavam. De posse desses resultados podemos saber em que nível de prontidão estão estes serviços”, disse o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz.


 


O ministério não divulgou as deficiências por Estado e não deve fazê-lo para evitar rusgas com governadores.


 


De acordo com o Ministério da Agricultura, receberam conceito “C”: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.


 


São Estados considerados “intermediários”, que “necessitam do ministério na condução de procedimentos sanitários” por não terem gente ou recursos suficientes para identificar, conter e eliminar focos de doenças como a gripe aviária.


 


Já Ceará, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte “necessitam de estruturação e do desenvolvimento de ações pontuais para realização da vigilância às doenças.”


 


 


Folha de São Paulo

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