A Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira (Ceplac) será transformada em departamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A medida, que será oficializada por meio de decreto presidencial ainda esta semana, preocupa produtores capixabas e foi criticada pelo deputado federal Evair de Melo (PV/ES).
“Essa decisão representa um retrocesso. A mudança traz perda de autonomia do órgão, que é referência há 50 anos no Espírito Santo, com unidades de pesquisa e de extensão, e historicamente contribui decisivamente no impulso da cacauicultura capixaba”, frisou Evair.
No mês de março, o parlamentar apresentou diretamente à ministra Kátia Abreu não só defesa para reverter extinção da gerência da Ceplac em território capixaba, mas proposta de efetivação da mesma como Superintendência de Desenvolvimento da Cacauicultura. “Vamos manter nosso posicionamento junto ao ministério, de forma a garantir aos produtores capixabas a reestruturação do órgão, com a reposição e adequação de seu quadro funcional, de forma que possa atender os produtores de cacau de todas as regiões do Estado”.
A notícia da extinção da Ceplac em Linhares agitou os produtores de cacau e parceiros no estado. Na avaliação de Evair de Melo, a Ceplac proporciona maior eficiência e eficácia no enfrentamento das dificuldades que afligem o setor cacaueiro. A cultura atualmente está presente em 46 municípios capixabas e a produção, apesar da seca prolongada, em 2015 bateu em 6.230 toneladas de amêndoas. Projeções existentes apontam que em 2019 o montante atinja 20 mil toneladas. O órgão, criado em 1957, atua no Espírito Santo, Bahia, Pará, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso.
Campo Vivo com informações de assessoria
