Custos impactam confinamento de boi

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O aumento nos custos e a expectativa – não concretizada – de preços mais baixos para o boi nesta época do ano devem fazer o confinamento crescer menos do que esperado em 2007, segundo a Associação Nacional dos Confinadores (Assocon). Pesquisa realizada pela entidade, em setembro passado, com 41 associados mostra que o confinamento nesses estabelecimentos deve alcançar no ano 498.906 cabeças de gado, 21% acima dos 411.578 animais de 2006.


 


Na primeira pesquisa feita pela Assocon, em abril deste ano, a expectativa era de que o confinamento alcançaria 521.460 cabeças, alta de 26%. Na segunda pesquisa, em julho, a intenção de confinamento caiu para 513.748 cabeças.


 


Fábio Dias, diretor da Assocon, explica que a alta no período dos preços do bezerro e e do milho – produto que é o indexador para a alimentação do boi – afetou a decisão dos confinadores. Além disso, os preços futuros do boi para outubro também sinalizavam, em agosto e setembro, patamar inferior ao que alcançaram.


 


No dia 3 de setembro, por exemplo, o contrato futuro de boi gordo na BM&F com vencimento em outubro indicava R$ 61,36 a arroba. No mercado físico, porém, o boi gordo alcançou R$ 67,00 no interior de São Paulo na última terça-feira, segundo a Scot Consultoria.


 


“O mercado estava com a memória de 2006, quando houve uma concentração da oferta de animais em outubro”, diz Dias. Neste ano, porém, o quadro foi diferente por conta da melhor distribuição da oferta de animais de confinamento na entressafra.


 


Ele observa que a decisão de confinamento é sensível aos preços do bezerro e do milho, já que esses dois intens respondem por 93% do custo total da atividade.


 


Entre 2 de julho e último dia 26, o bezerro se valorizou 8,7%, negociado a R$ 467,88, segundo dados compilados por Dias. Já o milho no mercado paulista subiu 48% no mesmo período, segundo o Cepea.


 


No fim de novembro, a Assocon fará outra pesquisa sobre intenção de confinamento, e Dias avalia que pode ocorrer nova queda. Ele pondera, porém, que o fato de o boi “não ceder” pode influenciar.


 


No total, a Assocon tem 48 associados, que devem confinar cerca de 650 mil animais este ano. No, país a estimativa é de que o número de bois confinados fique perto de 3 milhões de de cabeças.


 


A Assocon tem 48 associados, mas entrevistou 41para manter o mesmo universo pesquisado no início do ano.


 


 


Valor Econômico

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