O consumo de álcool hidratado deve fechar o ano com crescimento de 28%. A estimativa é do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), que credita o bom desempenho aos baixos preços do combustível durante o ano. “O álcool passou a ser competitivo em Estados onde antes não tinha entrada”, afirmou o vice-presidente da entidade, Alísio Vaz. Mantido o ritmo de crescimento, as vendas de gasolina podem começar a declinar já em 2010.
Estudo do Sindicom com base em dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) aponta que este ano o álcool passou a apresentar vantagem econômica em relação à gasolina em Estados como Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Tocantins, além do Distrito Federal. O crescimento da produção e a frustração em relação às exportações do combustível tornaram os preços de 2007 mais baixos do que em anos anteriores.
Segundo Vaz, a venda de gasolina das dez empresas associadas ao Sindicom, responsáveis por 75% do mercado brasileiro de combustíveis, vai fechar 2007 em alta de 3,7% – a ANP não divulga dados gerais desde fevereiro. O executivo acredita, porém, que o consumo de gasolina pode começar a cair em 2010 por causa da concorrência com o álcool hidratado. “Nos próximos dois ou três anos, o consumo de gasolina deve ficar estável.”
Na sua opinião, o crescente ritmo de substituição dos combustíveis deve provocar reação dos governos estaduais, que podem perder arrecadação com o ICMS sobre a gasolina. O imposto varia entre 25% e 31% do preço final do produto e é uma das principais fontes de arrecadação estadual. Vaz espera para os próximos anos aumento no ICMS sobre o álcool em Estados onde a alíquota é baixa.
O Estado de São Paulo