Ceplac vai ensinar práticas agroecológicas ao produtor

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O pequeno agricultor familiar do sul da Bahia vai poder usufruir dos benefícios gerados pela agroecologia, a exemplo da utilização do biogás para cozimento diário dos alimentos, geração de energia elétrica com biogás ou produção de adubo orgânico na propriedade. O ensinamento lhe será repassado pela Unidade Demonstrativa de Práticas Agroecológicas e Orgânicas inaugurada no último dia 03, na sede regional da Ceplac, na rodovia Ilhéus – Itabuna.


 


O projeto resulta de iniciativa do agrônomo Agamenon Farias, do Centro de Extensão da Ceplac (Cenex), que adequou programas da Superintendência da Ceplac para Bahia destinados ao agricultor familiar, pequeno e médio às diretrizes agroecológicas e orgânicas do Governo Federal. A Unidade Demonstrativa vai possibilitar ao agricultor melhorar as condições de vida com cultivos variados e horta orgânica, criação de pequenos animais e aproveitamento de resíduos para geração de biogás e energia elétrica ou uso de energia solar.



A tecnologia chegará aos agricultores através dos extensionistas da rede de Escritórios Locais da Ceplac que passarão por treinamentos específicos na Unidade Demonstrativa. O chefe do Centro de Extensão (Cenex), Cloildo Guanaes, afirma que o projeto de práticas agroecológicas e orgânicas integra os programas da Assessoria de Agricultura Familiar de atenção ao agricultor, uma das principais atividades da Ceplac. “Pretendemos que o produtor amplie a receita da propriedade e seja beneficiado com os recursos tecnológicos”, disse.


 


O diretor-geral da Ceplac, Gustavo Moura, lembra que a utilização racional da compostagem pode gerar receita na produção de adubo orgânico e o uso do biogás significar economia de dinheiro na aquisição de gás de cozinha ou como alternativa à energia elétrica. Para o superintendente regional da Ceplac, Geraldo Landim, os produtos orgânicos cultivados na propriedade têm valor elevado no mercado consumidor, cada dia mais exigente quanto à utilização de insumos e defensivos agrícolas.



O ambientalista Walmir Fachini, diretor-executivo do Instituto Ambiental, de Petrópolis (RJ), consultor do projeto da Unidade Demonstrativa, disse que biodigestor numa pequena propriedade pode gerar de duas a três horas de biogás para cozinhar, o suficiente para as refeições do dia, se alimentado apenas com esterco de uma vaca. “O importante é que o biogás é renovável, gerado dia após dia. Dessa forma, o agricultor familiar lucrará mais ainda se aprender a usar o biodigestor, uma tecnologia simples, com custo inicial em torno de R$ 1 mil a R$ 1.500, mais tijolo, cimento e areia”, explicou.



Para o ambientalista, a importância do projeto está na determinação da instituição vinculada ao Ministério da Agricultura de encontrar soluções baratas capazes de melhorar as condições de vida do agricultor familiar. “No caso se cria alternativas que também permitirão usar nutrientes para horta orgânica e biogás, com tecnologia recomendável pelo governo para o desenvolvimento sustentável do meio ambiente e produção orgânica, integrado no sistema de produção com duração entre 30 e 40 anos”, conclui.




Assessoria de Comunicação da Ceplac

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