Os engenheiros agrônomos Georges Edwin Ebondje, Martin Mballa, Armand Mpeme, Augustin Mambou e Jean Philippe Zang Bekolo participam de missão técnica de treinamento em diversas etapas do cultivo do cacau na Superintendência da Ceplac na Bahia. A missão se dá no âmbito de convênio de Cooperação Técnica entre Países em Desenvolvimento do Governo brasileiro, através da Agência Brasileira de Cooperação, do Ministério das Relações Exteriores, e a República do Camarões, no continente africano.
A missão tem como objetivo executar capacitação em cacauicultura no projeto de “Formação de Recursos Humanos e Transferência de Tecnologia para Desenvolvimento de uma Cacauicultura Sustentável na República de Camarões”. Os técnicos camaroneses chegaram a Ilhéus no início da semana e na segunda-feira, 20, iniciaram visita à sede regional da Ceplac, no Km 22 da BR-415 Jorge Amado, no eixo Ilhéus-Itabuna, sendo recebidos pelo Chefe do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), Jonas Souza, acompanhados do intérprete Marcos Madeira.
Na atualidade, o Brasil está desenvolvendo ambicioso programa de reabilitação de 300 mil hectares de lavouras de cacau decadentes e atacadas por enfermidades, com variedades clonais resistentes desenvolvidas pelos pesquisadores da Ceplac. Estão sendo utilizadas modernas técnicas de multiplicação, propagação e formação de cacauais, com o estabelecimento de jardins clonais e desenvolvimento de técnicas de enxertia, que possibilitam rápida formação e início de produção das plantações.
O Acordo Básico de Cooperação Técnica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República de Camarões foi assinado em novembro de 1972, com entrada em vigor um ano depois, em setembro. Em abril de 2005, os dois países fizeram ajuste complementar ao acordo visando cooperação técnica do projeto “Formação de Recursos Humanos e Transferência de Tecnologia para o Desenvolvimento de uma Cacauicultura Sustentável”.
Ao final do projeto, em 2010, o governo camaronês espera elevar para 210 mil toneladas a produção do País, ou seja, 20%. Além disso, produzir cacau com qualidade superior, possibilitando a geração de empregos e melhorando a renda do produtor de cacau, principalmente pelo aumento da eficiência no processo produtivo e da qualidade do produto final obtido, para obter preços competitivos em nível de mercado internacional.
“O Governo da República de Camarões consciente de que o cultivo do cacau se constitui na principal fonte de renda da atividade agrícola do País e se caracteriza como indutor das maiores ações em outros setores, decidiu revitalizar o setor do cacau no contexto de completa liberalização dos setores, privando-se da intervenção e buscando incrementar a força de ação dos fazendeiros”, diz o convênio de cooperação assinado com o Brasil.
Para o Ministério da Agricultura de Camarões, a retomada duradoura da cacauicultura, principalmente a execução do programa governamental em elaboração e no qual a Sociedade de Desenvolvimento do Cacau (SO.DE.CAO) é indicada para desempenhar papel central de estímulo, requererá a alocação de maior volume de recursos financeiros que poderão provir das retiradas nas diversas fases na cadeia produtiva do cacau, conforme plano plurianual daquele País.
Assessoria de Comunicação da Ceplac