Carne brasileira passa por avaliação

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Apesar de falhas no controle de trânsito de animais e no serviço das certificações do rebanho bovino, o Brasil deve passar no teste de avaliação da missão européia. Técnicos dos 27 países importadores visitaram, durante duas semanas deste mês, os sete Estados brasileiros que exportam carne bovina. O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri) e secretário da Agricultura de Minas, Gilman Viana, está confiante na aprovação.


 


Ele se reuniu ontem, em Brasília, com secretários da Agricultura do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Goiás, que receberam a visita da missão para avaliar a qualidade do rebanho e os frigoríficos. De janeiro a outubro deste ano, Minas Gerais exportou US$ 295,7 milhões em carne bovina, um aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o valor foi de US$ 234,6 milhões. Em volume, Minas exportou 84 mil toneladas nos dez primeiros meses deste ano, contra 77 mil toneladas no ano passado.


 


O Brasil exportou, de janeiro a outubro de 2007, US$ 9,1 bilhões. Assim como Viana, que garante a boa avaliação de Minas, os demais secretários também estão otimistas. “Os técnicos não nominaram problemas, nem comentaram em qual Estado foi e nem em qual cadeia da produção. Mas apontaram erros e fragilidades nos frigoríficos, no controle dos animais”, afirma Viana. “Eles exigiram medidas de controle mais eficientes como o brinco de identificação dos animais e transporte para obter a origem do animal”, informa o secretário mineiro.


 


Para agilizar a resolução das falhas, esta semana o Ministério da Agricultura divulgou uma portaria que obriga a implantação da guia de trânsito de animais eletrônica (GTA). “Esta guia monitora a existência do estoque de animal rastreado”, explica Viana. Técnicos da missão européia apresentarão o relatório final em dezembro. Mas a confiança do setor também se ancora na oferta mundial.


 


Segundo Viana, se eles vetarem a carne do Brasil, será complicado para conseguir o produto no mercado. Apesar do risco de redução da oferta mundial, os técnicos não abrem mão da qualidade do produto.


 


 


O Tempo – MG


 

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