O mercado de boi deve seguir pressionado no curto prazo com a entrada de animais de confinamento para abate, dizem analistas. De acordo com a Scot Consultoria, a oferta já é maior em Estados como Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás, o que derrubou as cotações.
No norte de Minas, a arroba caiu R$ 1,00 na sexta-feira, para R$ 58 (a prazo) arroba. Na região de Alta Floresta (MT), o recuo foi igual, para R$ 54. Em Goiânia (GO), a arroba já havia recuado R$ 0,50 na quinta-feira passada e foi negociada a R$ 59, segundo a Scot.
Com a maior oferta nessas regiões, os frigoríficos priorizam o abate nas unidades nelas localizadas, diz Fabiano Tito Rosa, analista da Scot. Isso acabou pressionando os preços em São Paulo, onde as empresas reduziram os abates e deram férias coletivas. Na região de região de Barretos (SP), a arroba do boi ficou em R$ 64,50 (a prazo) na sexta, queda de R$ 0,50.
Em regiões como o Rio Grande do Sul, porém, a oferta segue escassa, e a arroba subiu R$ 3,00, para R$ 69, na sexta, segundo a Scot. De acordo com Tito Rosa, há a avaliação de que a pressão nos preços começou antes este ano por causa do desempenho ruim no mercado interno de carne. Para Jerry O”Callaghan, da Globalbeef, os preços devem seguir pressionados no curto prazo, oscilando entre US$ 28 e US$ 30. Hoje, a arroba equivale a US$ 30 em São Paulo.
Valor Econômico